A taxa de crescimento global dos preços ao consumidor será de 7% em 2023 e 4,9% em 2024, de acordo com o relatório recém-divulgado do FMI ( Fundo Monetário Internacional). Em 2023, as taxas de inflação previstas estão abaixo de 2022, ano em que os preços ao consumidor no mundo subiram 8,7% de acordo com o FMI. O fundo ainda piorou sua previsão de crescimento do PIB global para 2,8% em 2023 e 3% em 2024. No entanto, o PIB agregado da América Latina e do Caribe deverá crescer 1,6% este ano, de acordo com o relatório.
Segundo os especialistas do fundo, o PIB da maior economia na América Latina, o Brasil, crescerá 0,9% em 2023. Em fevereiro, a previsão de crescimento da economia brasileira era de 1,2% pelo FMI. E a economia da Argentina, que está passando por uma profunda crise, crescerá apenas 0,2%.
Um comunicado, preparado para a 47ª reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional do FMI, nos dias 13 e 14 de abril, em nome de Brasil, Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, República Democrática de Timor-Leste e Trinidad e Tobago, explica que a política monetária mais restritiva no Brasil está baixando a inflação e que a trajetória de “consolidação fiscal do governo” abrirá espaço para redução de juros.
“Com a maior confiança no quadro fiscal e um caminho de consolidação fiscal consistentemente afetando as expectativas de inflação e ancorando-as mais perto da meta dentro do horizonte relevante, haverá espaço para acomodação na taxa de juros”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no documento.
A Venezuela apresentará o maior crescimento econômico em 2023 entre os países da América Latina, com 5%. O FMI observa que o Paraguai (4,5%) também verá grande crescimento este ano, seguido pelo Equador (2,9%), Peru (2,4%), Uruguai (2%), México e Bolívia (1,8%) e Colômbia (1%). Já o PIB do Chile vai diminuir, em 1%, mas vai retornar a um crescimento de 1,9% em 2024.
Segundo relatório do FMI, a crise ucraniana pode desencadear nova rodada de crise energética, com aumento dos preços em todos os países, até na América Latina
O relatório do FMI diz também que uma escalada da crise ucraniana pode desencadear uma nova rodada de crise energética.
“Uma escalada do conflito na Ucrânia – agora em seu segundo ano – poderia desencadear uma nova crise energética na Europa e agravar a insegurança alimentar nos países de baixa renda”, inclusive na América Latina.
Um aumento nos preços dos alimentos como resultado do possível fracasso em estender o acordo de grãos vai aumentar a pressão sobre os importadores, especialmente aqueles que têm meios financeiros limitados. “Em meio a preços elevados de alimentos e combustíveis, a agitação social pode aumentar”, adverte o documento.
O FMI melhorou sua previsão de crescimento do PIB russo em 2023 para 0,7%, enquanto reduziu as expectativas de crescimento econômico da Rússia em 2024 para 1,3%. Para o ano passado, o FMI estimou a redução do PIB russo em 2,1%, o que está de acordo com as estatísticas oficiais russas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que os preços do petróleo cairão 24,1% em 2023 e 5,8% em 2024.
A organização estima que o preço médio do petróleo será de US$ 73,13 (R$ 365,56) por barril em 2023 e US$ 68,9 (R$ 344,42) por barril em 2024. Segundo o relatório, os preços vão continuar a cair para US$ 65,4 (R$ 326,92) em 2026.
Em 2022 os preços do petróleo subiram 39,2%, enquanto o preço médio foi de US$ 96,36 (R$ 481,68) por barril. O dólar dos EUA, de acordo com o documento, se depreciou 6% em termos reais desde outubro de 2022.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias