Futuros dos EUA caem após semana de forte alta

Com o dado de inflação mais fraco, investidores apostam que o Federal Reserve (Banco Central americano) em breve vá desacelerar seu ritmo de aperto monetário
14 de novembro de 2022

Os índices futuros de Nova York operam em baixa, mesma direção de fechamento da maioria dos mercados asiáticos nesta segunda-feira (14), após o S&P 500 registrar seu maior ganho semanal em quase cinco meses, devido a dados de inflação abaixo do esperado.

Com o dado de inflação mais fraco, investidores apostam que o Federal Reserve (Banco Central americano) em breve vá desacelerar seu ritmo de aperto monetário.

Enquanto isso, a temporada de resultados do terceiro trimestre continua, com forte ênfase no varejo. A Tyson Foods divulga os resultados na segunda-feira antes da abertura do pregão. Os grandes varejistas Walmart, Home Depot, Target, Lowe’s, Macy’s e Kohl’s estão programados para divulgar números esta semana.

Com poucos indicadores na agenda e em uma semana mais curta com o feriado de Proclamação da República na próxima terça (15), o investidor deverá acompanhar cada passo da equipe de transição do governo Lula e possíveis novas declarações do presidente eleito sobre política fiscal.

O Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu no domingo aprovação da PEC da Transição para bancar Bolsa Família de R$ 600 e reajuste real do salário mínimo apenas em 2023.

Ânima, Embraer, Nubank, Localiza, Dasa e Orizon encerram a temporada de resultados nesta segunda-feira.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira em alta, após ter tido ontem a maior queda diária de 3,35% . O principal índice da Bolsa brasileira subiu 2%, a 112.569 pontos. Com o resultado, o índice acumula queda de 5,40% no mês e alta de 4,73% no ano.

Nas negociações do dia, o dólar fechou em queda de 1,17%, cotado a R$ 5,33.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de segunda-feira, após forte alta da última semana, repercutindo dados de inflação mais brandos do que o previsto e investidores de olho nos rumos da política monetária do Fed.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,18%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,29%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,52%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, com exceção da bolsa de Hong Kong, que subiu 1,70%, impulsionado pelas ações do setor imobiliário. Já o Nikkei, do Japão, recuou 1,06%, pressionado pela queda de 14% do peso- pesado SoftBank depois que seu fundo Vision relatou mais perdas.

Shanghai SE (China), -0,13%
Nikkei (Japão), -1,06%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,70%
Kospi (Coreia do Sul), -0,34%

Europa

Os mercados europeus operam com ligeira alta, com investidores avaliando as perspectivas do ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos após dados recentes da inflação por lá, juntamente com um alerta do membro do Federal Reserve, Christopher Waller.

Ele sugeriu em uma conferência em Sydney no domingo (13) que o mercado pode ter reagido exageradamente ao relatório de inflação (CPI) da semana passada, e disse que os formuladores de políticas ainda têm um caminho a percorrer antes que o ciclo de alta chegue ao fim.

Petróleo

As cotações do petróleo sobem, estendendo os ganhos da sexta-feira passada, repercutindo o abrandamento das restrições relacionadas ao combate da Covid na China, alimentando as esperanças de uma recuperação da demanda pela commodity no país.

Petróleo WTI, +0,37%, a US$ 89,29 o barril
Petróleo Brent, +0,34%, a US$ 96,37 o barril

Agenda

Na agenda de indicadores macroeconômicos, sai o índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br. Conhecido como proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o indicador referente a setembro será divulgado já nesta segunda-feira. O Itaú prevê um avanço mensal de 0,3%.

Ainda de acordo com a previsão do banco, no acumulado de 12 meses, o IBC-Br deve sofrer uma desaceleração, de 4,9% para 4,4%.

Na Ásia, atenções voltadas para China, onde serão divulgados dados de produção industrial, varejo, emprego e investimentos, todos previstos para esta segunda-feira.

 

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