Governo central registra maior superávit em setembro desde 2010

Governo central registra maior superávit em setembro desde 2010
30 de outubro de 2023

O Governo Central apresentou um superávit primário em setembro. O saldo positivo entre receitas e despesas alcançou R$ 11,548 bilhões, superando o déficit de R$ 26,350 bilhões registrado em agosto. O resultado vem depois de quatro meses de déficit.

Esse resultado, que engloba as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, representa o melhor desempenho para setembro desde 2010. Naquele ano, o superávit atingiu R$ 25,946 bilhões. Em comparação, setembro de 2022 teve um superávit de R$ 10,936 bilhões.

Em setembro, as receitas registraram um aumento real de 7,7% comparado ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, no acumulado do ano, observou-se uma redução de 4,4%. Até setembro deste ano, o déficit acumulado do Governo Central atingiu R$ 93,376 bilhões, marcando o resultado mais negativo desde 2020.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ressaltou que as perspectivas para o resultado primário de todo o ano seguem abaixo da previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, que estabeleceu a possibilidade de déficit de R$ 228,1 bilhões para o ano. O valor também está abaixo dos R$ 141,4 bilhões presentes no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) do 4º bimestre. “Do ponto de vista das metas autorizadas, há um espaço significativo”, afirmou Ceron

Aumento nos ganhos dos trabalhadores contribuiu para superávit

O aumento nas receitas aconteceu principalmente pelas receitas não administradas em R$ 13 bilhões, com destaques para a apropriação dos recursos abandonados do Programa de Integração Social e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) em R$ 26 bilhões.

Outro item destacado que contribuiu para o resultado positivo foi a arrecadação líquida para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que cresceu 5,2%, em torno de R$ 2,4 bilhões em termos reais.

Segundo o Tesouro, isso se deu em razão do crescimento do aumento nos ganhos dos trabalhadores e do resultado positivo na geração de empregos.

Segundo os últimos dados do Ministério do Trabalho, de janeiro a agosto de 2023, o saldo foi de 1.388.062 empregos, resultado de admissões e desligamentos.

Com informações do Brasil 247 e da CNN

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