A greve deflagrada por funcionários do Banco Central registrou forte adesão nesta sexta (1), informa o sindicato da categoria. Segundo o presidente do Sinal, Fabio Faiad, o movimento atingiu 70% de participação dos funcionários do órgão até o início da tarde. A autoridade monetária negou que, por conta da greve, haja paralisação de serviços considerados importantes, como o meio de pagamento eletrônico instantâneo, o chamado PIX.
Em nota, o Banco Central informou que “o cadastramento e outras funcionalidades envolvendo chaves do Pix (exclusão e portabilidade) são realizadas por meio dos aplicativos das instituições participantes e registradas automaticamente nos sistemas do BC”. De acordo com a nota do BC, “a liquidação das operações, 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma instantânea, também é automatizada e não depende de intervenção manual”.
O Banco Central repetiu nesta sexta (1) o que já havia divulgado antes do início da greve que “reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas; confia na histórica dedicação dos servidores e que tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população”.
Além do Pix, o BC informa que operações como STR (Sistema de Transferência de Reservas) e Selic, entre outras, continuaram funcionando, mesmo com a paralisação dos funcionários.
Porém, o Banco Central não respondeu se a divulgação da Pesquisa Focus continua mantida para a segunda-feira, por volta das 8h25, como faz regularmente.
Os servidores do BC reivindicam reajuste salarial de 26%, para repor a inflação desde 2019, e a reestruturação da carreira de analistas e técnicos (o que, segundo o sindicato, não tem impacto financeiro). O anúncio do presidente Jair Bolsonaro, de que concederia reajuste apenas para os policiais, gerou indignação entre os funcionários do BC, que já vêm há uns dias trabalhando na chamada operação-padrão.
Redação ICL Economia
Com informação das agências de notícias