Ibovespa fecha o dia em baixa de 0,60%, aos 128.523 pontos, com repercussão do PIB da China e juros dos EUA

O dólar teve leve alta de 0,09% no mercado à vista e encerrou cotado a R$ 4,9301.
17 de janeiro de 2024

Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa fechou em queda pautado pela cautela que tomou conta dos mercados mundiais. O principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão, desta quarta-feira (17), com recuo de 0,60%, aos 128.523 pontos.

A grande notícia do dia e que pautou os mercados foi a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China, que cresceu 5,2% em 2023, levemente superior à meta anual de cerca de 5%, mas ligeiramente abaixo dos 5,3% esperados pelo consenso LSEG.

O resultado contribuiu para abalar o minério de ferro e, por aqui, acabou respingando na Vale (VALE3), que terminou o dia com baixa de 1,66%, ajudando a derrubar o Ibovespa.

A escalada da violência no Mar Vermelho também afetou o mercado de petróleo hoje. Isso afetou a Petrobras (PETR3;PETR4), que caiu, respectivamente, 0,83% e 0,58%.

Somado a tudo isso, o dia foi recheado de indicadores nos Estados Unidos. Além disso, os investidores mantiveram a antena ligada no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Nos EUA, as vendas no varejo subiram 0,6% entre novembro e dezembro, a US$ 709,9 bilhões, com ajustes sazonais, segundo o Departamento do Comércio. O resultado mostra uma economia aquecida, jogando a pá de cal que faltava em quem tinha um pouco de esperança de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) possa começar a baixar os juros em março.

Ontem (16), as declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, já foram nessa linha. Ele afirmou que o banco central norte-americano deve empregar um corte de juros de 0,75 ponto percentual em 2024 – ou três cortes de 25 pontos-base este ano -, percentual menor do que o esperado pelo mercado.

A divulgação do Livro Bege, que trouxe prognósticos mais otimistas do que a realidade dos números, acabou não repercutindo no fechamento de Nova York.

Por aqui, o leve crescimento do varejo foi o destaque do dia. As vendas do setor avançaram 0,1% em novembro ante outubro, em linha com o esperado. Na base anual, a alta foi 2,2% no mês. As negociações sobre as medidas de compensação à desoneração da folha de pagamento também seguiram no radar.

Na negociações do dia, o dólar teve leve alta de 0,09% no mercado à vista e encerrou cotado a R$ 4,9301.

Destaques do Ibovespa

Entre os destaques positivos do Ibovespa estão as ações da SLC Agrícola (SLCE3), que fecharam como a maior alta do indicador com a valorização do dólar. O avanço da moeda ante o real impulsiona o desempenho da companhia agrícola na bolsa por ser uma empresa exportadora. Os papéis da SLC subiram 3,87%.

Outra que se deu bem foi a MRV (MRVE3), com alta de 1,80%. A empresa recuperou as perdas da semana após a negar mudanças no guidance – o que gerou uma onda vendedora da ação na última terça-feira (15) antes da divulgação da prévia operacional.

Já na ponta negativa, as ações da 3R Petroleum (RRRP3) recuaram 3,97% na esteira do petróleo.

Mercado de ações

As bolsas de Nova York fecharam o pregão no campo negativo, com a cautela que tomou conta dos mercados em dia com muitos assuntos no radar. Mas, por lá, o que tomou conta mesmo foram os prognósticos para o futuro da política monetária dos Estados Unidos após a divulgação de dados mais fortes que o esperado e a escalada dos rendimentos dos títulos do Tesouro, os Treasurys.

O S&P 500 teve queda de 0,56%, aos 4.739,21 pontos; o Dow Jones, de -0,25%, aos 37.266,67 pontos; e a Nasdaq, de -0,59%, aos 14.855,62 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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