O mercado financeiro, tanto aqui quanto no exterior, não pode reclamar de marasmo nesta quinta-feira (16). Vários assuntos agitaram o dia e, por aqui, o Ibovespa repercutiu, principalmente, o avanço da pauta econômica no Congresso Nacional, e fechou a 1,73%, aos 114.776 pontos.
Por aqui, os investidores mostraram otimismo após a evolução da aprovação do projeto de taxação dos fundos de super-ricos e offshores pela Câmara, a aprovação da prorrogação da desoneração da folha de pagamentos e a leitura do relatório da reforma tributária, ambos pelo Senado.
Ainda no Brasil, a prévia da inflação medida pelo IPCA-15 ficou em 0,21% em outubro, 0,14 ponto percentual (p.p.) menor que a de setembro, quando variou 0,35%. O resultado foi bastante influenciado pela alta nos preços das passagens aéreas, que subiu 23,75% e teve o maior impacto individual (0,16 p.p.) no indicador, divulgado hoje pelo IBGE. Enquanto isso, os preços dos alimentos recuaram pelo quinto mês consecutivo.
Nos Estados Unidos, além da sequência de resultados corporativos do terceiro trimestre, foi publicada a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre.
A economia norte-americana cresceu acima das expectativas do mercado e reforçou a tese do mercado de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) manterá os juros no patamar elevado atual na reunião da próxima semana.
Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) anunciou esta manhã a primeira pausa no aperto monetário iniciado no ano passado, após dez elevações consecutivas.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em leve queda de 0,23%, a R$ 4,9902.
Destaques do dia do Ibovespa
Entre os destaques positivos do Ibovespa, desta quinta-feira, estão as empresas mais influenciadas pela queda dos juros futuros (DIs), como varejistas.
A ações da Gol (GOLL4) lideraram os ganhos da Bolsa brasileira, ajudadas pelos DIs, pela queda do preço do petróleo no exterior e a repercussão ao anúncio de ampliação da parceria comercial com Air France-KLM por mais 10 anos. Os papéis da companhia aérea fecharam em alta de 8,29% (R$ 8,23).
No campo negativo estiveram as petroleiras, acompanhando o movimento negativo da commodity nos mercados internacionais. A Petrobras (PETR4) encerrou o pregão em baixa de 1,03% (R$ 35,70).
Mercado externo
Wall Street encerrou a sessão de hoje no campo negativo. A maior aversão ao risco no exterior deu-se à tese de que os juros permanecerão elevados por mais tempo nos Estados Unidos, após dados fortes da economia norte-americana.
O Dow Jones encerrou o dia em baixa de 0,76%; o S&P 500 em -1,18%; e o Nasdaq em -1,76%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e Seu Dinheiro