O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (30) em queda de 1,08%, último dia do primeiro semestre de 2022. Com o resultado de hoje, o principal índice da Bolsa brasileira termina os primeiros seis meses de 2022 com queda de 5,99% – saindo de 104.763 pontos no primeiro pregão deste ano para 98.541 pontos atualmente.
Segundo analistas do mercado financeiro, pesou no Ibovespa a performance das companhias de commodities, que fecharam em forte queda, com as perspectivas de menor crescimento econômico mundial. Além disso, dúvidas quanto à economia chinesa ainda são empecilhos para os investidores.
O dólar, por sua vez, fechou o pregão em alta de 0,81%, cotado a na compra R$ 5,234 e R$ 5,235 na venda, mesmo com o DXY tendo caído 0,39%. Em junho, o dólar acumulou alta de 10,13%, em meio aos sinais de aperto monetário pelos bancos centrais, riscos de recessão e com os investidores cautelosos com o mercado financeiro.
Os destaques do Ibovespa
As ações ordinárias da Vale (VALE3) e da CSN (CSNA3) caíram, respectivamente 2,75% e 6,61%. Os papéis ON e PN da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram, por sua vez, 1,04% e 0,57%.
Especialistas explicam que a queda das commodities ajudou a curva de juros brasileira a fechar em queda na sessão do Ibovespa de hoje. Os DIs para 2025 e 2027 fecharam com suas taxas recuando, respectivamente, cinco e 16 pontos-base, para 13,75% e 12,74%. Os DIs para 2027 e 2029, por sua vez, tiveram seus yields caindo 12 e nove pontos, para 12,65% e 12,79%.
Na sessão de hoje, entre as maiores altas do Ibovespa, figuraram as ações ordinárias da Fleury (FLRY3), que subiram 15,39%, após a companhia anunciar uma fusão com a Hermes Pardini (PARD3), criando o maior negócio de laboratórios de exames do país. Hapvida (HAPV3) e Vivo (VIVT3) vêm na sequência, ganhando, respectivamente, 3,99% e 3,59%.
Bolsas norte-americanas
Assim como o Ibovespa, grande parte dos indicados de Nova York, nos Estados Unidos, fecham o dia no vermelho. Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,82%, 0,88% e 1,33%.
No primeiro semestre deste ano, as bolsas americanas também tiveram queda. O S&P 500, por exemplo, recuou 20,5%, em sua maior queda desde 1970. O Nasdaq teve seu pior desempenho desde 2008, com baixa de 22,4%.
Redação ICL Economia com informações das Agências