O Ibovespa fechou o pregão em alta nesta quinta-feira (4), um dia após o Banco Central elevar a taxa básica de juros. Os investidores esperam que o BC esteja no fim do ciclo de altas da Selic, o que favorece investimentos de risco. O principal índice da Bolsa brasileira teve alta de 2,04%, a 105.892 pontos. Essa é a maior pontuação desde 9 de junho (107.094 pontos).
Segundo analistas do mercado financeiro, o foco dos investidores permanece na trajetória de alta dos juros em diversos países diante da disparada da inflação, o que tem reforçado os temores de uma recessão global. No Reino Unido, por exemplo, o banco central britânico anunciou o maior aumento da taxa de juros em 27 anos nesta quinta-feira (4), com uma elevação de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 1,75% – seu nível mais alto desde o final de 2008.
No Brasil, o BC decidiu elevar, por unanimidade, a taxa Selic de 13,25% para 13,75% ao ano, deixando a porta aberta para uma nova elevação na sua próxima reunião a ser realizada em setembro. Ainda assim, os agentes de mercado estão otimistas porque o colegiado afirmou que vai avaliar a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em seu próximo encontro, o que pode indicar que o ciclo de altas está chegando ao fim.
O dólar comercial, por sua vez, fechou em queda, cotado a 1,09%, a R$ 5,22 na compra e na venda.
Os destaques do Ibovespa do dia
Entre as maiores altas do Ibovespa do dia, ficaram as ações ordinárias do Méliuz (CASH3), com mais 15,04%, do Magazine Luiza (MGLU3), com mais 14,81% e da MRV (MRVE3), com mais 13,99%.
Do lado das quedas do Ibovespa, as ações ordinárias da PetroRio (PRIO3) foram destaques negativos, com menos 1,73%.
Bolsas norte-americanas
Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 recuaram, respectivamente, 0,26% e 0,08%. O índice Nasdaq, no entanto, conseguiu avançar 0,41%.