IGP-10 alcança 2,48% em abril, pressionado pela inflação dos combustíveis

O preço doméstico do combustível, responsável pela maior pressão à inflação, aumentou acentuadamente
18 de abril de 2022

Nesta segunda-feira (18), a divulgação do alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) a 2,48%, em abril chamou a atenção. Em março, a alta havia sido de 1,18% . O Índice calcula preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O dado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 2,20%, e levou o índice a acumular avanço de 15,65% em 12 meses.

Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 2,81%, de 1,44% no mês anterior.

Segundo o coordenador dos índices de preços, André Braz, a contribuição dos combustíveis foi destacada para o avanço da taxa do IPA. “No entanto, as pressões inflacionárias andam muito disseminadas e, mesmo excluindo a contribuição da gasolina (0,15% para 18,73%) e do diesel (0,24% para 24,90%) no IPA, a variação média do índice ao produtor ficaria em 1,81%, superando a variação apurada pelo IPA em março”, disse.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 1,67%, também acelerando em relação à taxa de 0,47% registrada em março.

Entre os componentes do índice ao consumidor, o destaque ficou com o grupo Transportes, que saltou 3,42% em abril, depois de subir apenas 0,16% em março.

A principal contribuição para esse movimento partiu da gasolina, que disparou 7,62% no período, ante queda de 1,18% vista no mês anterior.

Os preços domésticos dos combustíveis aumentaram acentuadamente desde o início da guerra na Ucrânia, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em meio a temores de restrição de oferta.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,17% no período, depois de avançar 0,34% em março.

Redação ICL Economia

Com informações das agências de notícias

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