Índices futuros têm leve alta e Europa opera mista de olho na volta da recessão

Ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sinalizou na véspera que os desenvolvimentos recentes no setor bancário provavelmente resultarão em recessão
13 de abril de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos operam com leve alta, enquanto bolsas da Europa e Ásia operam sem direção definida nesta quinta-feira (13), depois que a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sinalizou na véspera que os desenvolvimentos recentes no setor bancário provavelmente resultarão em recessão.

Os comentários do Federal Reserve apagaram os ganhos anteriores vistos em Wall Street após a divulgação do relatório do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que mostrou desaceleração da inflação em março. O CPI subiu 0,1% em março na comparação com fevereiro e atingiu 5,0% no acumulado em 12 meses.

A inflação do mês ficou abaixo do estimado pelos analistas. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,2% em março na comparação com fevereiro. A projeção para 12 meses era de 5,2%.

Na China, as exportações superaram as expectativas e marcaram um salto surpreendente em março, registrando um crescimento de 14,8%, após uma queda de 6,8% em fevereiro.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (12) em alta, depois de resultados mais brandos da inflação brasileira e, hoje, da americana, além de discussões sobre o arcabouço fiscal. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,64%, aos 106.889 pontos.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 1,31% frente ao real, cotado a R$ 4,941 na compra e R$ 4,942 na venda.

Europa

Os mercados de ações europeus operam mistos na sessão de hoje, com agentes do mercado digerindo dados de inflação dos EUA e ata do Fomc divulgados na quarta-feira. A visão é de que o Federal Reserve suba os juros em maio mesmo com risco de recessão leve, apontado na ata pela primeira vez.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,09%
DAX (Alemanha), -0,08%
CAC 40 (França), +0,81%
FTSE MIB (Itália), -0,29%
STOXX 600, +0,14%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quinta-feira, com investidores avaliando o risco de recessão após a ata da última reunião do Federal Reserve em março. O BC americano espera que a recente crise bancária cause uma recessão ainda este ano.

Os investidores aguardam pelos dados da inflação no atacado, com o relatório do índice de preços ao produtor do Bureau of Labor Statistics previsto para às 9h30 (horário de Brasília). Os pedidos semanais de seguro-desemprego também são previstos para hoje.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,03%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,10%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,16%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com temores de recessão renovados pela ata do Fomc divulgada na sessão passada.

Shanghai SE (China), -0,27%
Nikkei (Japão), +0,26%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,17%
Kospi (Coreia do Sul), +0,43%
ASX 200 (Austrália), -0,27%

Petróleo

Os preços do petróleo operam próximos da estabilidade, com traders cautelosos devido às preocupações persistentes com uma recessão nos Estados Unidos e uma demanda mais fraca pela commodity.

Petróleo WTI, +0,05%, a US$ 83,30 o barril
Petróleo Brent, +0,02%, a US$ 87,35 o barril

Agenda

A agenda desta quinta-feira (13) é marcada por dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos referente ao mês de março.

Por aqui no Brasil, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções se voltam para participação de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em eventos nos EUA, e para comitiva do presidente Lula na China. Lula discursou durante a cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no NBD (Novo Banco de Desenvolvimento) e também visitou a fábrica da gigante de tecnologia chinesa Huawei, em Xangai.

Com informações da InfoMoney

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