Os índices futuros e grande parte das bolsas da Europa operam em baixa, nesta quinta-feira (5), em uma espécie de ressaca após a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), em que a autoridade monetária dos EUA reduziu a taxa de juros em 0,50 ponto percentual. Em movimento inverso, as bolsas da Ásia fecharam em alta.
O documento divulgado pelo Fed mostrou que a direção da instituição apoia taxas de juros mais altas para enfrentar a inflação, em um claro sinal de que a economia dos EUA ainda não está suficientemente saudável para que se reduza o ciclo de aperto monetário.
Ontem (4), também foi publicado o relatório de abertura de empregos e rotatividade de mão de obra nos EUA (JOLTS) de novembro, mostrando que o mercado de trabalho americano continua forte, o que reforça as preocupações de Fed continue aumentando a taxa de juros. Nos EUA, o mercado de trabalho aquecido tem sido um dos impulsionadores da inflação americana.
Para esta sexta-feira (6), os investidores aguardam a divulgação da pesquisa ADP, de criação de vagas no setor privado dos EUA, que antecede a divulgação do relatório de emprego (payroll).
Por sua vez, os mercados asiáticos fecharam em alta, com investidores atentos aos dados econômicos dos EUA, mas também repercutindo uma melhora no Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China para dezembro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (4) em alta com o mercado de olho nas sinalizações do novo governo, e após o indicado para a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates, descartar intervenção direta no mercado para conter o preço dos combustíveis. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,12%, a 105.334 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores reagiram bem à fala de Prates, que garante que o governo não pretende intervir na política de preços da Petrobras. O indicado à presidência da estatal falou durante a posse do vice-presidente Geraldo Alckmin como chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Nas negociações do dia no Ibovespa, o dólar fechou estável frente ao real, cotado a R$ 5,45.
Europa
A maioria das bolsas da Europa opera em baixa, revertendo parte dos ganhos da véspera. Assim como ocorre nos EUA, investidores ainda digerem os dados da ata da última reunião do Fed. Além disso, agentes do mercado também repercutem a inflação ao produtor da zona do euro de novembro, que apontou queda de 0,9% em relação ao mês de outubro, em linha com a previsão do consenso Refinitiv.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,15%
DAX (Alemanha), -0,30%
CAC 40 (França), -0,53%
FTSE MIB (Itália), -0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, à medida que os investidores digerem a ata da última reunião do Fed e aguardam por mais dados do mercado de trabalho americano, um dos termômetros da saúde da maior economia do mundo.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,27%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,29%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,38%
Ásia
Na contramão dos mercados europeu e americano, as bolsas da Ásia fecharam em alta, com investidores atentos aos dados econômicos dos EUA, mas também repercutindo uma melhora no Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China para dezembro. Além disso, as vendas no varejo de Cingapura aumentaram 6,2% em novembro em relação ao ano anterior, abaixo do crescimento de 10,3% registrado em outubro.
Shanghai SE (China), +1,01%
Nikkei (Japão), +0,40%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,25%
Kospi (Coreia do Sul), +0,38%
Petróleo
As cotações do petróleo sobem nesta quinta-feira (5), com investidores aproveitando a queda para comprar contratos futuros, diante da expectativa de que a demanda de combustível de longo prazo permanecerá estável.
Petróleo WTI, +1,18%, a US$ 73,73 o barril
Petróleo Brent, +1,07%, a US$ 78,67 o barril
Agenda
Na agenda desta quinta-feira (5), está a divulgação da pesquisa ADP, de criação de vagas no setor privado dos EUA, uma espécie de prévia do payroll, que será divulgado nesta sexta-feira (6).
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou para amanhã (6) sua primeira reunião ministerial, na qual pretende iniciar a articulação do governo, após divergências públicas entre ministros. Destaque também para a posse, hoje, de Simone Tebet na pasta do Planejamento. Na seara econômica, saem os dados da produção industrial de novembro. O consenso Refinitiv prevê recuo de 0,1% na comparação com outubro e alta de 0,8% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências