Os índices futuros de Nova York e a maioria das bolsas mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de sexta-feira (3), dia de divulgação do payroll de abril (folha de pagamentos não agrícola) nos Estados Unidos, indicador que ajuda a balizar as apostas a respeito dos próximos passos da política monetária norte-americana.
O consenso LSEG espera a criação de 243 mil vagas, marcando uma desaceleração em relação aos 303 mil empregos conquistados em março. Em relação à taxa de desemprego, a expectativa é de que se mantenha em 3,8%.
Na quarta-feira passada (1/5), o Fed (Federal Reserve), o banco central dos Estados Unidos), anunciou a manutenção das taxas de juros em uma banda de 5,25% e 5,50% ao ano, pela sexta vez seguida. É o maior patamar em 23 anos.
Jerome Powell, presidente do Fed, disse que a próxima medida de política monetária do banco central será reduzir sua taxa básica e que possíveis altas não estão no horizonte, ainda que a inflação persiste longe da meta de 2% ao ano.
No Brasil, o destaque na seara de indicadores é a divulgação da produção industrial de março.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também recebe, nesta manhã, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Esta é a primeira vez que um chefe de governo japonês visita o Brasil desde 2016, quando Shinzo Abe participou da cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio.
Brasil
O Ibovespa foi embalado pelas notícias de fora e daqui, e acabou fechando a quinta-feira (2) com alta de 0,95%, aos 127.122 pontos.
O mercado financeiro também reagiu à elevação da perspectiva da nota de crédito para o Brasil pela Moody’s. Anteontem (1º), a agência de classificação de risco elevou o autlook de estável para positivo e manteve o rating em Ba2, dois degraus abaixo do grau de investimento.
No âmbito corporativo, o destaque do dia foi o balanço do Bradesco (BBDC4), que apontou lucro líquido no primeiro trimestre superior às expectativas. Por outro lado, a queda da margem financeira maior do que o previsto pesou sobre as ações BBDC4 — e limitou os ganhos do Ibovespa.
Já o dólar à vista terminou o dia a R$ 5,1128, em baixa de 1,53%.
Europa
As bolsas da Europa operam em alta, com investidores repercutindo resultados corporativos e dados econômicos da região.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,42%
DAX (Alemanha): +0,35%
CAC 40 (França): +0,56%
FTSE MIB (Itália): +0,29%
STOXX 600: +0,30%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta, após resultados da Apple na véspera e antes da divulgação do payroll.
No after hours, a Apple subiu mais de 6% depois de anunciar uma recompra de ações de US$ 110 bilhões, apesar de uma queda nos lucros.
Dow Jones Futuro: +0,75%
S&P 500 Futuro: +0,33%
Nasdaq Futuro: +0,61%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, ajudadas pelo forte desempenho de ações de tecnologia, após o resultado da Apple.
Os mercados da China continental e do Japão não operaram hoje em função de feriados locais.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,48%
Kospi (Coreia do Sul): -0,26%
ASX 200 (Austrália): +0,55%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leves ganhos, com a perspectiva de continuação dos cortes de produção da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados), apesar das preocupações com o conflito na Faixa de Gaza e suas consequências para o mercado global.
Petróleo WTI, +0,11%, a US$ 79,04 o barril
Petróleo Brent, +0,07%, a US$ 83,73 o barril
Agenda
A semana termina com a divulgação o payroll, a folha de pagamentos não agrícolas dos EUA. A taxa de desemprego também será apresentada, com projeção do consenso de 3,80%. Também estão previstos hoje o PMI de serviços (final) abril e o ISM de serviços de abril.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou ontem (2) o projeto que autoriza a capital a aderir à privatização da Sabesp, companhia do estado responsável pelos serviços de água e esgoto na cidade. Mais cedo, a Câmara Municipal de São Paulo havia aprovado o projeto com 37 votos favoráveis e 17 contra. Na seara de indicadores, sai a produção industrial de março, com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 1%, mas queda de 2,6% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg