Índices futuros dos EUA e bolsas europeias operam em alta nesta sexta-feira (12), após divulgação de dados da inflação menores que o esperado

Para hoje, nos EUA, há a divulgação dos preços de importação e os dados de confiança do consumidor.
12 de agosto de 2022

Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira (12), diante das incertezas dos investidores sobre os impactos dos dados recém-divulgados da inflação dos EUA e os caminhos que o Fed (Federal Reserve) vai adotar na condução da política monetária norte-americana. Mas a expectativa é de que a autoridade monetária mantenha o ciclo de alta da taxa dos juros para controlar a inflação de vez.

Os movimentos desta sexta-feira seguem o pregão instável em Wall Street na véspera. Os índices fecharam o pregão regular de ontem após chegarem a subir com novos sinais de desaceleração da inflação ao produtor para julho. A exemplo do que aconteceu com a inflação ao consumidor, o indicador veio melhor do que o esperado pelo mercado. Apesar disso, espera-se que o Fed continue subindo os juros.

Para hoje, nos EUA, há a divulgação dos preços de importação e os dados de confiança do consumidor.

Já na Europa, os investidores estão repercutindo uma série de dados econômicos divulgados hoje, incluindo leitura preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre do Reino Unido, dados de inflação de julho da França, Espanha e Itália e produção industrial da zona do euro para junho.

A economia do Reino Unido encolheu 0,1% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, menos do que a contração de 0,3% esperada pelos analistas.

Por sua vez, os mercados asiáticos, encerraram o pregão desta sexta-feira de forma mista.

Brasil

O Ibovespa voltou a cair na quinta-feira (11) e perdeu os 110 mil pontos registrados na quarta-feira (10) em dia de realização de lucros depois das seguidas altas do mercado. O principal índice da bolsa brasileira teve queda de 0,47%, aos 109.718 pontos.

O ponto de preocupação tanto nos EUA como no Brasil está na alta dos preços de alimentos, mesmo com a redução recente observada nos preços das commodities agrícolas.

Ainda ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado do setor de serviços em junho, que mostrou alta de 0,7%, no segundo mês seguido de expansão. Analistas do mercado financeiro acreditam que as políticas aprovadas no Congresso Nacional, de redução do ICMS e PEC Kamikaze, darão “impulso adicional” para o segmento de serviços nos próximos meses, pois aumentam a renda disponível das famílias para consumir.

Na quinta-feira, o dólar subiu 1,44% após as negociações, cotado a R$ 5,15.

Europa

Os mercados europeus operam em alta nesta sexta-feira após a divulgação de vários dados econômicos na região. Com isso, investidores estão traçando o rumo da política monetária e do crescimento econômico.

A economia do Reino Unido retraiu 0,1% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, menos do que a contração de 0,3% esperada pelos analistas.

Na semana passada, o Banco da Inglaterra alertou que espera que a economia do Reino Unido entre em sua mais longa recessão desde a crise financeira global no quarto trimestre. A inflação deverá atingir um pico acima de 13% em outubro.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,53%

DAX (Alemanha), +0,44%

CAC 40 (França), +0,32%

FTSE MIB (Itália), +0,37%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta sexta-feira, após fecharem quase estáveis ​​na sessão anterior. Ontem de manhã (11), foi divulgado que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA recuou 0,5% em julho na comparação com junho. No acumulado em 12 meses, o indicador desacelerou de 11,3% em junho para 9,8% em julho. O resultado veio muito melhor que o esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv projetava uma alta mensal de 0,2% e anual de 10,4%.

Com esse resultado, a expectativa é de que o Fed aumentará as taxas em 50 pontos-base em setembro, em vez de 75 pontos-base, como esperado mais cedo na semana. Contudo, a percepção é de que o banco central dos Estados Unidos ainda vai precisar aumentar agressivamente os juros para controlar totalmente a inflação.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,47%

S&P 500 Futuro (EUA), +0,52%

Nasdaq Futuro (EUA), +0,57%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida nesta sexta-feira, após fortes ganhos na sessão anterior. Os investidores ainda estão pensando a respeito do resultado do índice de preços ao consumidor dos EUA. As ações japonesas foram discrepantes, subindo em seu retorno às negociações após um feriado. Preocupa no Japão o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos no país.

Shanghai SE (China), -0,15%

Nikkei (Japão), +2,62%

Hang Seng Index (Hong Kong), +0,46%

Kospi (Coreia do Sul), +0,16%

Petróleo

As cotações do petróleo caminham para altas semanais à medida que os temores de recessão diminuem. O Brent estava a caminho de avançar mais de 4% na semana, recuperando parte da queda de 14% da semana passada. Esta havia sido a maior queda semanal desde abril de 2020, em meio a temores de que o aumento da inflação e os aumentos das taxas de juros afetem o crescimento econômico e a demanda por combustível.

Petróleo WTI, -0,25%, a US$ 94,10 o barril

Petróleo Brent, +0,07%, a US$ 99,68 o barril

Agenda

A atenção hoje estará voltada à divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido e a produção industrial da zona do euro, além da pesquisa de condições de negócios de Michigan.

Por aqui, no Brasil, a agenda de divulgação de indicadores está vazia nesta sexta-feira (12), após o Ibovespa subir por setes sessões seguidas e passar por queda na quinta-feira, quando o noticiário foi dominado pelos atos pró-democracia em várias capitais brasileiras.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.