Após pressão do rendimento dos Treasuries na véspera, índices futuros dos EUA operam mistos

No Brasil, será divulgada hoje a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que realizou corte de 50 pontos base na taxa Selic na semana passada, além do IGP-DI de janeiro e o Boletim Focus do BC.
6 de fevereiro de 2024

A maioria das bolsas da Europa assim como os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta, nesta manhã de terça-feira (6), com os investidores repercutindo dados econômicos da zona do euro e à espera de mais sinais sobre o futuro da política monetária estadunidense. Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong dispararam hoje após anúncio de medidas macroeconômicas do governo chinês.

Ontem (5) nos Estados Unidos, os mercados fecharam pressionados pela liquidação estimulada por uma alta nos rendimentos dos títulos e preocupações de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) possa não cortar as taxas de juros no ritmo esperado pelos agentes.

Enquanto os mercados de títulos globais se estabilizam após dois dias de venda massiva, os investidores continuam repercutindo também a temporada de balanços corporativos.

Os agentes também mantêm as atenções voltadas aos conflitos no Oriente Médio. Hoje, o grupo rebelde Houthi do Iêmen disse ter atacado hoje dois navios no sul do Mar Vermelho. Ontem, os EUA atingiram dois drones marítimos Houthi no Iêmen.

No Brasil, será divulgada hoje a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, que realizou corte de 50 pontos base na taxa Selic na semana passada.

Também saem hoje o IGP-DI de janeiro e o Boletim Focus semanal do BC, com previsões econômicas do mercado financeiro.

Brasil

Mesmo sob pressão das bolsas internacionais, o Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (05) com alta de 0,32%, aos 127.593 pontos.

O principal indicador da bolsa brasileira avançou amparado principalmente na Petrobras, um dos pesos-pesados do índice, que subiu ontem com a alta do petróleo.

Com a agenda de indicadores esvaziada (o Boletim Focus, com projeções do mercado financeiro normalmente divulgado às segundas-feiras, mais uma vez foi adiado devido à operação-padrão dos servidores do Banco Central), os investidores acompanharam, por aqui, a retomada das negociações em Brasília com a volta do Congresso do recesso de fim de ano.

Nas negociações do dia, o dólar fechou a R$ 4,9818, com avanço de 0,27% no mercado à vista.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única hoje, com os investidores aguardando mais falas de membros do Fed (Federal Reserve) e, portanto, mais sinais sobre o futuro da política monetária da maior economia do mundo.

As bolsas de Nova York fecharam em queda ontem, após a alta do rendimento dos Treasuries com a expectativa por um Fed mais cauteloso no processo de relaxamento monetário.

Por lá, também seguem hoje mais divulgações de balanços corporativos.

Dow Jones Futuro: -0,09%

S&P 500 Futuro: +0,09%

Nasdaq Futuro: +0,25%

Europa

As bolsas da Europa operam em alta, com a confiança dos investidores mais otimista em relação ao futuro da economia, diante da melhora de alguns indicadores da região e da divulgação de resultados corporativos mais robustos.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%

DAX (Alemanha): -0,02%

CAC 40 (França): +0,23%

FTSE MIB (Itália): +0,39%

STOXX 600: +0,20%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com destaque para as bolsas da China e Hong Kong, que dispararam após o anúncio de medidas para estimular a economia chinesa.

Na China continental, os mercados exibiram robustos ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.

Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor.

Shanghai SE (China), +3,23%

Nikkei (Japão): -0,53%

Hang Seng Index (Hong Kong): +4,04%

Kospi (Coreia do Sul): -0,58%

ASX 200 (Austrália): -0,58%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leve baixa, enquanto agentes do mercado avaliam uma visita ao Oriente Médio do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, para discutir uma oferta de cessar-fogo na região.

Petróleo WTI, -0,08%, a US$ 72,72 o barril

Petróleo Brent, -0,06%, a US$ 77,94 o barril

Agenda

Agenda internacional tem como foco a divulgação das vendas no varejo de dezembro da zona do euro. O consenso LSEG prevê queda mensal de 1,0% e de 1,1 na base anual.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Ministério da Fazenda está disposto a negociar o novo modelo de desoneração da folha de pagamentos com o Congresso, desde que alguma medida compense o gasto tributário, fundamental para perseguir a meta de déficit zero em 2024. O secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, afirmou ao Estadão/Broadcast que o sucesso da nova política para a folha determinará a ampliação dos setores beneficiados, respeitando a premissa de encontrar uma fonte de compensação do benefício. Na seara de indicadores, saem hoje o IGP-DI de janeiro, a ata do Copom e o Boletim Focus semanal.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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