Em um dia com agenda de indicadores esvaziada no exterior, os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa operam no campo negativo nesta terça-feira (6). Já na Ásia, a maior parte dos mercados também fechou no vermelho.
No mercado futuro americano, o Dow Jones terminou a segunda-feira em queda de cerca de 0,6%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite perderam cerca de 0,2% e 0,1%, respectivamente.
As bolsas reagiram a uma pausa na recuperação das ações de tecnologia e à moderação do mercado, que aguarda os novos passos do Fed (Federal Reserve) na condução da política monetária.
Apesar da alta do petróleo, as ações de empresas do setor recuaram, assim como as da Apple, que apresentou novos produtos.
A fabricante do iPhone fechou a sessão com baixa de 0,8%. Os papeis da companhia oscilaram entre um ganho de 2,2% e uma perda de 1,6% na segunda-feira, dia de estreia de seu fone de ouvido de realidade virtual, bem como um novo software, lançados em sua conferência anual de desenvolvedores mundiais.
Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) informou que houve redução, em abril, da expectativa dos consumidores para a inflação da zona do euro, de 5% para 4,1% nos próximos 12 meses. O resultado alimenta o debate sobre quanto tempo mais será preciso aumentar os juros para devolver a inflação para a meta. Para Christine Lagarde, presidente do BCE, “as pressões de preços continuam fortes”.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (5) em alta, com ações da Petrobras e do Bradesco compensando perdas da Vale. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,12%, aos 112.696 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a semana será fraca por aqui e nos mercados internacionais também, já que não haverá divulgação de muitos indicadores importantes nos próximos dias.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar recuou 0,45% frente à moeda brasileira, negociado a R$ 4,93 na compra e na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo negativo na sessão de hoje, com pessimismo pesando sobre o sentimento dos investidores da região, principalmente depois que a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter dito ontem que, embora haja “sinais de moderação” no núcleo da inflação na zona do euro, ainda é muito cedo para anunciar um pico.
Os dados mais recentes mostraram que a inflação desacelerou mais do que o esperado para maio, para 6,1% na base anual, mas esse número permanece bem acima da meta de 2%.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,45%
DAX (Alemanha), -0,10%
CAC 40 (França), -0,20%
FTSE MIB (Itália), -0,51%
STOXX 600, -0,06%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã, ampliando as perdas véspera, com investidores refletindo a respeito do que o Fed reserve na condução da política monetária, na reunião que acontece este mês. A maioria dos agentes do mercado aposta em uma manutenção do juro na reunião do Fomc (comitê de política monetária) na próxima semana.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,16%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,04%
Ásia-Pacífico
Na Ásia-Pacífico, a maioria das bolsas fechou em baixa, com investidores repercutindo aumento da taxa de juros na Austrália e acompanhando desempenho negativo de Wall Street na véspera.
O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 1,2% e terminou o dia aos 7.129 pontos, depois que o banco central surpreendeu os mercados e aumentou sua taxa de caixa em 25 pontos-base, para 4,1%.
Shanghai SE (China), -1,15%
Nikkei (Japão), +0,90%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,05%
Kospi (Coreia do Sul), fechado por feriado
ASX 200 (Austrália), -1,20%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa, apagando a maior parte dos ganhos da sessão anterior, que se seguiram ao anúncio do maior exportador mundial, a Arábia Saudita, de que cortaria ainda mais a produção.
Petróleo WTI, -2,31%, a US$ 70,48 o barril
Petróleo Brent, -2,12%, a US$ 75,08 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada nesta terça-feira.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o governo anunciou ontem (5) um programa com um investimento de R$ 1,5 bilhão para reduzir os preços de carros populares, caminhões e ônibus, além de estimular o crescimento da economia brasileira por meio do aumento do crédito. Na seara econômica, saem hoje os dados do IGP-DI de maio, com consenso de mercado prevendo uma retração de 0,99% na mediana. Além disso, investidores aguardam pela coletiva de imprensa do Banco Central sobre Relatório de Economia Bancária.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
