Índices futuros e bolsas da Europa em baixa, com investidores à espera de mais dados do mercado de trabalho dos EUA

No Brasil, a notícia mais aguardada é o início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Bando Central, hoje. Amanhã (2), a autoridade monetária divulgará a decisão sobre a taxa de juros Selic.
1 de agosto de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa estão em trajetória negativa nesta manhã de terça-feira (1º), com os investidores aguardando mais dados econômicos, que poderão dar indicativos dos próximos passos da política monetária pelo Fed (Federal Reserve).

Para hoje, o mercado norte-americano aguarda o relatório JOLTS, de vagas em aberto. O consenso Refinitiv prevê 9,620 milhões em junho, número levemente inferior ao registrado em maio (9,824 milhões).

Na Europa, os mercados estão operando no negativo com os investidores repercutindo vários dados econômicos e, também, resultados corporativos. A atividade manufatureira da zona do euro caiu em julho no ritmo mais rápido desde o início da pandemia de Covid-19, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

O índice final de gerentes de compras de manufatura da zona do euro caiu para 42,7 em julho, ante 43,4 em junho, seu nível mais baixo desde maio de 2020. Uma leitura abaixo de 50 marca uma contração na atividade.

Por sua vez, na Ásia, os mercados fecharam mistos, com a queda do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China, o que deve gerar expectativa por novos estímulos governamentais. No Japão, o índice também veio com indicativo de contração.

No Brasil, a notícia mais aguardada é o início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, hoje. Amanhã (2), a autoridade monetária divulgará a decisão sobre a taxa de juros Selic. A expectativa do mercado e do governo é por um corte de até 0,50 ponto percentual.

Outro dado aguardado por aqui é a produção industrial de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O consenso Refinitiv aponta para uma variação mensal de 0,3%.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (31) em alta, com a expectativa sobre a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que começa nesta terça-feira (1º) e termina amanhã (2). O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,46%, aos 121.943 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, a expectativa é de que a autarquia faça uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.) da Selic nesta quarta-feira. Ontem (31), o BC divulgou uma nova edição do boletim Focus. Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão de inflação para este ano, que passou de 4,90% para 4,84%. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 3,90% para 3,89%.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em leve queda de 0,05% frente ao real, cotado a R$ 4,72.

Europa

As bolsas da Europa operam com baixa, com os investidores digerindo uma semana movimentada de resultados corporativos e, também, dados econômicos da região.

O índice final de gerentes de compras de manufatura da zona do euro caiu para 42,7 em julho, ante 43,4 em junho, seu nível mais baixo desde maio de 2020.

Alemanha, França e Itália registraram piora em seus dados de atividade econômica do mês de julho.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,15%
DAX (Alemanha), -0,77%
CAC 40 (França), -0,81%
FTSE MIB (Itália), -0,44%
STOXX 600, -0,49%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã, com investidores à espera do relatório JOLTs, enquanto se preparam para o payroll de sexta-feira (23), que fornecerá dados sobre os rumos da política monetária americana.

Além disso, os investidores também aguardam por mais dados corporativos, incluindo os das gigantes farmacêuticas Merck e Pfizer. Também estão no radar os dados da Caterpillar e da Uber.

Mais da metade das empresas do S&P já reportaram seus balanços, com 80% delas registrando crescimento dos lucros, de acordo com o FactSet.

Esses dados dão uma medida da saúde da economia americana, aumentando as esperanças de que o país será capaz de evitar uma recessão quando a inflação começar a mostrar sinais de desaceleração.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,28%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,25%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,31%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em direção mista, após os dados atividade econômica da China e do Japão, que mostraram contração.

Shanghai SE (China), 0,00%
Nikkei (Japão), +0,92%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,34%
Kospi (Coreia do Sul), +1,31%
ASX 200 (Austrália), +0,54%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, em meio a sinais de aperto na oferta global à medida que os produtores implementam cortes na produção e forte demanda nos Estados Unidos.

Petróleo WTI, -0,33%, a US$ 81,53 o barril
Petróleo Brent, -0,27%, a US$ 85,22 o barril

Agenda

Nos EUA, para hoje é aguardado o relatório JOLTS, de vagas em aberto. O consenso Refinitiv prevê 9,620 milhões em junho, número levemente inferior ao registrado em maio (9,824 milhões).

Por aqui, no Brasil, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reconheceu que o avanço da agenda legislativa no país, com o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária, enviam um sinal positivo. Apesar disso, o organismo internacional reforçou a cobrança de uma consolidação fiscal mais ambiciosa no Brasil, conforme o novo relatório Artigo IV, documento anual do fundo que avalia a economia de seus países-membros, publicado ontem (31). Na seara dos indicadores, a agenda desta terça-feira traz a produção industrial do mês de junho, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), às 9h. O consenso Refinitiv aponta para uma variação mensal de 0,3%. Também sai a balança comercial do mês de julho, e a média das projeções do mercado aponta para um superávit de US$ 8,223 bilhões. Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia hoje o primeiro de dia reunião para decidir os rumos da política monetária brasileira.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney

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