Índices futuros e bolsas europeias no azul, com dados de emprego mais fracos nos EUA e na véspera da decisão do BCE sobre os juros

No Brasil, a agenda econômica tem como destaque a produção industrial de abril e dados do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços.
5 de junho de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas europeias operam em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira (5), com os investidores repercutindo o relatório de emprego Jolts, divulgado ontem (4), que mostrou sinais de esfriamento no mercado de trabalho dos EUA. Com isso, foram renovadas as esperanças de cortes nas taxas de juros norte-americanas.

Ainda nos Estados Unidos, os agentes aguardam a pesquisa ADP de empregos privados. Economistas consultados pela Dow Jones preveem a criação de 175 mil empregos em maio.

Na Europa, os investidores aguardam a reunião do BCE (Banco Central Europeu) amanhã (6). A expectativa é que a autoridade monetária europeia reduza as taxas de juro pela primeira vez desde 2019.

No Brasil, a agenda econômica tem como destaque a produção industrial de abril e dados do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços.

Brasil

Mais uma vez, as commodities influenciaram no Ibovespa, fazendo com que o principal indicador da Bolsa brasileira fechasse novamente no vermelho.

Ibovespa fechou em queda de 0,19%, aos 121.802 pontos, depois que as ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4) caíram devido à baixa do minério de ferro e do petróleo no mercado internacional, respectivamente.

No âmbito macroeconômico, saiu o dado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que avançou 0,8% no período, acima do que era esperado pelo mercado.

Já o dólar teve forte alta e terminou o dia a R$ 5,28 com avanço de 0,98% no mercado à vista.

Europa

As bolsas europeias sobe, com os investidores aguardando a reunião do BCE (Banco Central Europeu) amanhã (6). A expectativa é que o BCE reduza as taxas de juro pela primeira vez desde 2019.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,15%

DAX (Alemanha): +0,59%

CAC 40 (França): +0,47%

FTSE MIB (Itália): +0,75%

STOXX 600: +0,55%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com ganhos hoje, após dados mais fracos do mercado de trabalho elevarem as esperanças de que os juros devem cair este ano no país.

Dow Jones Futuro: +0,11%

S&P 500 Futuro: +0,17%

Nasdaq Futuro: +0,35%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com os investidores avaliando os dados recentes que mostram desaceleração da economia dos EUA. Na China continental, os mercados ficaram no vermelho, pressionados por ações dos setores imobiliário e varejista.

Shanghai SE (China), -0,83%

Nikkei (Japão): -0,89%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,10%

Kospi (Coreia do Sul): +1,03%

ASX 200 (Austrália): +0,41%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em alta após abertura negativa, repercutindo a divulgação do relatório da indústria, que mostrou aumento nos estoques de petróleo e combustível dos EUA, o que, de certo modo, elevou as preocupações em torno do crescimento da demanda.

Petróleo WTI, +0,18%, a US$ 73,38 o barril

Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 77,69 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje a pesquisa ADP de maio (empregos privados), o PMI de serviços de maio e o ISM de maio.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo editou na última terça-feira uma medida provisória para compensar os impactos da manutenção da desoneração da folha de pagamentos de empresas e de municípios. A MP é mais um ponto do acordo entre Congresso e Executivo sobre a questão. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse esperar que a reoneração gradual para os municípios – ponto que segue em aberto – seja resolvido em definitivo até o recesso parlamentar (em julho). Na seara de indicadores, saem hoje os dados da produção industrial de abril e dados do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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