Índices futuros em alta e bolsas da Europa no negativo, em dia de dados da produção industrial nos EUA

Também são aguardadas falas de membros do banco central norte-americano. Por aqui, o destaque da agenda é a divulgação do IGP-10 de maio.
16 de maio de 2024

Os índices futuros mantêm a trajetória de alta da véspera, nesta manhã de quinta-feira (16), enquanto as bolsas da Europa operam majoritariamente no negativo. Hoje, os investidores aguardam dados da produção industrial, do mercado imobiliário e de seguro-desemprego dos Estados Unidos, além de falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Com esses dados, os investidores vão poder prospectar um cenário futuro para a política monetária, depois que a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio levemente abaixo do esperado, impulsionando o apetite ao risco. Os dados encorajaram os investidores a acreditar que a autoridade monetária norte-americana poderá começar a cortar os juros num futuro próximo. Nesse sentido, as falas de membros do Fed poderão dar sinais importantes.

O núcleo da inflação ao consumidor CPI (que exclui os custos de alimentos e energia) dos EUA subiu 0,3% em abril, em linha com o esperado por economistas, aliviando preocupações de uma consolidação da inflação.

Na Europa, as ações operam majoritariamente em baixa hoje, repercutindo dados corporativos.

Por aqui, a Petrobras (PETR4) deve seguir no radar dos investidores hoje, após o tombo da véspera, em meio a temores de interferência política na estatal com saída de Jean Paul Prates.

Na seara de indicadores, será divulgado o IGP-10 de maio.

Brasil

Não se pode dizer que o fechamento da B3 ontem (15) tenha sido uma surpresa. Já era sabido que a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras anteontem (14) respingaria no mercado financeiro um dia depois. O sinal começou a vir de fora, com a estatal perdendo valor na bolsa de Nova York.

A Petrobras é uma das empresas de mais peso no Ibovespa e, com o tombo de mais de 6% dos papéis da estatal, o principal indicador da Bolsa brasileira foi junto, fechando com queda de 0,38%, aos 128.027 pontos. Nem o mercado externo, que surfou numa onda otimista, foi capaz de salvar o índice brasileiro.

Para o lugar de Prates, foi sugerida a nomeação de Magda Chambriard, que foi diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo) entre 2012 e 2016.

Nas negociações do dia, o dólar acabou subindo 0,12% e fechou o dia a R$ 5,1367.

Europa

Os mercados europeus operam no vermelho, repercutindo dados corporativos, após uma recuperação com o alívio trazido pela inflação estadunidense.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,36%
DAX (Alemanha): -0,27%
CAC 40 (França): -0,57%
FTSE MIB (Itália): +0,10%
STOXX 600: -0,20%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, após os dados da inflação ao consumidor terem apontado desaceleração, contribuindo para empurrar as bolsas às máximas na véspera.

Dow Jones Futuro: +0,05%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: +0,16%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta generalizada, após Wall Street renovar máximas históricas ontem na esteira de dados de inflação um pouco abaixo do previsto dos EUA.

Das notícias da região, uma pesquisa mostrou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Japão encolheu a uma taxa anualizada de 2% entre janeiro e março. No fim da noite desta quinta-feira, a China publica dados mensais de produção industrial e vendas no varejo.

Shanghai SE (China), +0,08%
Nikkei (Japão): +1,39%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,59%
Kospi (Coreia do Sul): +0,83%
ASX 200 (Austrália): +1,65%

Petróleo

Os preços do petróleo passaram a ter leve queda após subirem mais cedo com sinais de uma procura mais forte nos EUA, onde os dados mostraram uma inflação mais lenta do que os mercados esperavam.

Petróleo WTI, -0,06%, a US$ 78,58 o barril
Petróleo Brent, -0,08%, a US$ 82,68 o barril

Agenda

A agenda de hoje tem como destaque a produção industrial dos Estados Unidos, além de dados do setor imobiliário americano, pedidos de seguro-desemprego semanal – com consenso LSEG prevendo 220 mil solicitações – e discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o acordo em torno da desoneração da folha de pagamentos será levado adiante pelo Congresso por meio de um projeto de lei apresentado pelo líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), e não mais pelo STF (Supremo Tribunal Federal), conforme havia sido anunciado na semana passada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Efraim Filho apresentou ontem (15) o projeto de lei com os termos acordados com o governo na semana passada. Na agenda de indicadores, sai hoje o IGP-10 de maio; consenso LSEG prevê alta de 0,95% na base mensal.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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