Índices futuros no campo positivo após decisão do Federal Reserve; Treasuries recuam após fala de Powell

Por aqui, a melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, de estável para positiva, sustentaram a alta de 0,5% do índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20) e de 0,39% do ETF EWZ na véspera.
2 de maio de 2024

Os índices futuros amanhecem em trajetória positiva, nesta quinta-feira (2), um dia após o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) ter mantido as taxas de juros em uma faixa de 5,25% e 5,50% pela sexta vez consecutiva. É o mais alto patamar em 23 anos. A decisão já era esperada.

Hoje, o rendimento de títulos do Tesouro recuavam depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou na véspera a perspectiva de aumentos nos juros neste ano.

No campo corporativo, a Apple divulga hoje, após o fechamento do mercado, seus resultados trimestrais. Analistas de Wall Street esperam uma nova queda nas vendas na base anual e estarão atentos aos resultados do iPhone no mercado chinês, onde enfrenta competição crescente.

Por lá, também saem hoje os dados sobre os pedidos semanais de seguro-desemprego, a produtividade dos trabalhadores no primeiro trimestre e os custos unitários do trabalho, bem como aos números de março sobre o déficit comercial e as encomendas às fábricas.

Por aqui, a melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, de estável para positiva, sustentaram a alta de 0,5% do índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20) e de 0,39% do ETF EWZ na véspera.

No campo corporativo, o Bradesco divulgou nesta manhã lucro de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre, com estabilidade na base anual e alta de 46% sobre os três meses finais de 2023. Houve crescimento da carteira de crédito em todos os segmentos, segundo o CEO, Marcelo Noronha.

Brasil

O Ibovespa terminou o pregão de terça-feira (30) com baixa de 1,12%, aos 125.924,19 pontos. No mês, o índice acumulou queda de 1,70%.

Em apenas quatro meses, o principal índice de ações do país teve três quedas mensais – só em fevereiro não houve.

O sentimento de aversão ao risco pautou os negócios nos mercados mundiais na terça-feira.

Por aqui, os destaques foram a taxa de desemprego, que ficou em 7,9% no primeiro trimestre do ano, a menor taxa desde 2014, o relatório de produção da Petrobras (PETR4) entre janeiro e março e o balanço do Santander (SANB11).

O dólar conseguiu recuperar o fôlego e fechou a R$ 5,1923, com avanço de 1,51% no mercado à vista. Em abril, a moeda norte-americana teve alta de 3,53%. Este foi o pior mês para o real desde agosto de 2023.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, com os mercados globais repercutindo a decisão do Federal Reserve e resultados corporativos.

Das notícias da região, a Novo Nordisk superou as estimativas de lucro, uma vez que a procura pelos seus medicamentos para perda de peso continuou a crescer. A gigante do petróleo Shell também teve um desempenho superior devido às margens de refinação mais elevadas e ao comércio robusto de petróleo.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,34%

DAX (Alemanha): +0,03%

CAC 40 (França): -0,78%

FTSE MIB (Itália): +0,09%

STOXX 600: -0,20%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, em reação à decisão do Fed e à espera de mais dados corporativos.

Dow Jones Futuro: +0,34%

S&P 500 Futuro: +0,58%

Nasdaq Futuro: +0,81%

Ásia

As bolsas asiáticas também fecharam sem direção única, espelhando o comportamento de Wall Street ontem após o anúncio de juros pelo Fed.

Na China continental, os mercados estão fechados desde ontem e só reabrirão na segunda-feira (6), devido a um feriado.

Shanghai SE (China), fechado por feriado

Nikkei (Japão): -0,10%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,50%

Kospi (Coreia do Sul): -0,31%

ASX 200 (Austrália): +0,23%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, com a perspectiva de que os EUA possam começar a comprar petróleo para a sua reserva do produto, depois de os preços terem caído para o mínimo de sete semanas devido às esperanças de um cessar fogo na Faixa de Gaza.

Petróleo WTI, +0,65%, a US$ 79,51 o barril

Petróleo Brent, +0,74%, a US$ 84,06 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal e a balança comercial de março, com o consenso LSEG prevendo déficit de US$ 69,1 bilhões.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a agência de classificação de riscos Moody´s revisou para cima a perspectiva da nota de crédito do Brasil, na última quarta-feira (1º). Atualmente, o nível (rating) do país é Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros. A instituição manteve a nota, mas mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva”, sinalizando que pode elevar esse rating no futuro. Na seara de indicadores, saem hoje os dados das transações correntes de março, com o consenso LSEG prevendo déficit de US$ 3,1 bilhões; e o PMI da indústria de abril.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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