Na volta do feriado dos EUA, índices futuros e bolsas da Europa operam no negativo

Por aqui, sai a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,5% e baixa anual de 0,2%.
16 de janeiro de 2024

Se a agenda de indicadores está fraca, o mesmo não se pode dizer da geopolítica mundial. Nesta terça-feira (16), na volta do feriado de Martin Luther King Jr. dos EUA, os índices futuros de Nova York operam no campo negativo, com os investidores repercutindo uma série de acontecimentos: as primárias das eleições presidenciais norte-americanas do estado de Iowa; as notícias acerca do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça; e a escalada da violência no Mar Vermelho.

Os investidores observam os sinais de banqueiros centrais sobre o ritmo dos cortes de juros. É muito cedo para declarar vitória sobre a inflação, disse Francois Villeroy de Galhau, do BCE (Banco Central Europeu), no Fórum Econômico Mundial. Hoje, os traders acompanharão o discurso do governador do Fed (Federal Reserve) Christopher Waller.

No campo político, o ex-presidente Donald Trump venceu as primárias de Iowa contra o adversário Ron DeSantis, com 51% dos votos, o que lhe renderia 20 delegados para convenção nacional republicana.

Desse modo, Trump consolidando seu status como clara liderança republicana na disputa, enquanto o mundo acompanha atentamente a disputa presidencial dos EUA em 2024, que coloca em lados opostos – Trump e o presidente democrata Joe Biden – cujas visões são totalmente diferentes para o papel global dos EUA.

Na esfera corporativa, os investidores aguardam as divulgações dos balanços de Goldman Sachs e de Morgan Stanley, antes da abertura.

Os agentes dos mercados também acompanham os desdobramentos dos conflitos no Mar Vermelho, onde militantes houthis atingiram ontem (15) um navio comercial norte-americano com um míssil balístico, reforçando os alertas de que a artéria comercial mais importante do mundo continua sendo muito arriscada para a navegação.

As bolsas europeias também operam no vermelho, à medida que os mercados acompanham as notícias do Fórum Económico Mundial e as discussões acerca do futuro da política monetária dos principais bancos centrais do mundo.

Por aqui, sai a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,5% e baixa anual de 0,2%.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) começa a negociar alternativas à Medida Provisória que desonerou a folha de pagamentos.

Brasil

Ibovespa seguiu a baixa liquidez dos mercados na segunda-feira (15), devido ao feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos. O principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,41%, aos 131.520 pontos.

Depois de começar o dia em queda, o índice inverteu o sinal e fechou no positivo apoiado nas ações do Pão de Açúcar (PCAR3), que fechou com alta de 22%, e os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4), que começaram o dia em baixa, com o petróleo recuando, mas fecharam com alta de 1,01% e 1,07%, respectivamente.

O dólar à vista fechou o dia em leve alta. A moeda norte-americana subiu 0,18%, cotada em R$ 4,8662.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo hoje, enquanto investidores repercutem as falas de representantes de bancos centrais no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, e as divulgações de balanços de grandes bancos, que devem vir mornos.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,44%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,53%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,78%

Europa

As bolsas da Europa também operam no campo negativo, à medida que o Fórum Econômico Mundial ganha força nesta terça-feira com discursos do primeiro-ministro chinês, Li Qiang; da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; do conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan; e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,43%
DAX (Alemanha), -0,69%
CAC 40 (França), -0,48%
FTSE MIB (Itália), -0,58%
STOXX 600, -0,50%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa hoje, com perdas lideradas por Hong Kong e em meio a uma possível correção técnica no Japão.

Na frente de dados, serão divulgados números do PIB (Produto Interno Bruto) chinês referentes ao quarto trimestre de 2023, além dos dados mensais de produção industrial e vendas no varejo.

Shanghai SE (China), +0,27%
Nikkei (Japão), -0,79%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,16%
Kospi (Coreia do Sul), -1,12%
ASX 200 (Austrália), -1,09%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem hoje com a escalada da crise no Oriente Médio. Dados de rastreamento mostram que mais navios-tanque alteravam o curso para longe do Mar Vermelho em resposta aos ataques na área do movimento Houthi do Iêmen.

Petróleo WTI, +0,06%, a US$ 72,72 o barril
Petróleo Brent, +0,51%, a US$ 78,55 o barril

Agenda

Serão divulgados hoje números do PIB (Produto Interno Bruto) chinês referentes ao quarto trimestre de 2023, além dos dados mensais de produção industrial e vendas no varejo.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse na última segunda, após se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que uma decisão sobre a medida provisória da reoneração da folha de pagamentos só deve sair na volta do recesso parlamentar. Wagner argumentou que Haddad ainda precisa conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o assunto, já que se trata de uma proposta que terá de passar pelas duas Casas do Legislativo. Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de novembro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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