Enquanto as bolsas mundiais estão operando em alta, em sua maioria, os índices futuros operam em baixa, nesta manhã de segunda-feira (13), com os investidores repercutindo a notícia de que a agência de classificação de risco Moody’s cortou, na sexta-feira passada (10), a perspectiva de classificação de crédito Aaa dos Estados Unidos de estável para negativa.
Ao cortar a nota, a agência apontou para riscos fiscais crescentes no país ao mesmo tempo em que o risco de shutdown volta ao radar dos mercados.
Ao mesmo tempo, agentes montam posições à espera da divulgação de uma série de dados econômicos importantes ao longo da semana, incluindo inflação, vendas no varejo e produção industrial.
Outro fato importante é que o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, terão esta semana seu primeiro encontro presencial em cerca de um ano, em meio às tensões entre os dois países.
Ambos deverão procurar trazer maior estabilidade a uma relação que é definida por divergências em temas como controles de exportação, a situação de Taiwan e as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia.
No Brasil, os destaques da semana são a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), nesta terça-feira (14), e o índice IBC-Br, considerado uma “prévia do PIB” do Banco Central, na quinta-feira (16).
Brasil
O Ibovespa fechou a sexta-feira (10) em alta de 1,29%, aos 120.568 pontos . Na semana, o índice acumulou ganhos de 2,04%.
O principal índice da Bolsa brasileira recuperou as perdas recentes, com os investidores repercutindo a desaceleração da inflação no Brasil, a valorização do petróleo no mercado internacional e a recuperação das bolsas de Nova York.
Os contratos mais líquidos do petróleo tipo Brent fecharam em alta de 1,77%, a US$ 81,43 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
Por aqui, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), avançou 0,24% em outubro, menor que as expectativas do mercado e, também, que o registro do mês de setembro (+0,26%).
Nas negociações do dia, o dólar terminou cotado a R$ 4,9145, queda de 0,51%.
Europa
As bolsas da Europa sobem neste início de semana, com os investidores de olho nas negociações entre os EUA e a China nos próximos dias.
Na agenda de dados, destaque para o PIB (Produto Interno Bruto) preliminar do terceiro trimestre da zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,65%
DAX (Alemanha), +0,38%
CAC 40 (França), +0,63%
FTSE MIB (Itália), +0,74%
STOXX 600, +0,66%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa nesta manhã de segunda-feira, com investidores repercutindo a decisão da Moody’s de reduzir a perspectiva de crédito americana para negativa, enquanto se preparam para receber os dados de inflação ao consumidor amanhã.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,18%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,35%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta. Por lá, os investidores estão com seus radares direcionados para a reunião nesta semana entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, na quarta-feira (15), na Califórnia.
Shanghai SE (China), +0,25%
Nikkei (Japão), +0,05%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,30%
Kospi (Coreia do Sul), +0,24%
ASX 200 (Austrália), -0,40%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa, revertendo a recuperação de sexta-feira, uma vez que as novas preocupações com a diminuição da demanda nos Estados Unidos e na China afetaram o otimismo do mercado.
Petróleo WTI, -0,52%, a US$ 81,01 o barril
Petróleo Brent, -0,51%, a US$ 76,78 o barril
Agenda
Hoje, será divulgado nos EUA o resultado fiscal mensal de outubro. Mas a agenda da semana traz indicadores mais importantes do ponto de vista de influência no humor de investidores, com destaque para o índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano, que será divulgado amanhã. A previsão é de que o indicador de inflação aponte aumento de 0,3% em outubro, com alta anual de 4,1% de acordo.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, aprovada no Senado na última semana, a reforma tributária, que será votada novamente pela Câmara dos Deputados, poderá encarecer os serviços em geral. Isso porque o setor, sem cadeia produtiva longa, se beneficiará menos de créditos tributários, uma forma, segundo o governo, de compensar a cobrança de impostos. Além disso, a tributação será aplicada com uma alíquota de IVA dual, estimada em 25%, mais alta que os atuais 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobrado sobre empresas com lucro presumido, situação que engloba a maioria das empresas prestadoras de serviço. Na seara econômica de hoje, destaque para a divulgação do Boletim Focus do Banco Central.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg