Índices futuros no campo positivo após PCE dentro do esperado e em semana de payroll

Por aqui, com a agenda de indicadores mais esvaziada na semana, investidores se concentram nas movimentações políticas de Brasília.
1 de abril de 2024

Com alguns mercados ainda fechados devido ao feriado estendido da Semana Santa, os índices futuros de Nova York começam esta segunda-feira (1º/4) operando no campo positivo, enquanto as bolsas da Europa permanecem fechadas.

Na sexta-feira passada, que não foi feriado nos Estados Unidos, foi divulgado o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). O núcleo do indicador subiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, desacelerando em relação aos 0,5% observados no mês anterior, o que representa uma revisão do número de 0,4% apresentado anteriormente.

O indicador veio em linha com o esperado por analistas, que previam alta de 0,3%. O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) e exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis.

Os dados não mudaram as expectativas de que o Fed cortará as taxas de juros este ano. Na sexta, o presidente da autoridade monetária dos EUA, Jerome Powell, disse que o PCE veio “praticamente em linha com nossas expectativas”. Ele acrescentou que não seria apropriado reduzir as taxas até que os funcionários tenham certeza de que a inflação está sob controle.

Após dados de inflação PCE, o mercado aguarda agora o relatório de emprego (payroll) na sexta-feira (5), outro importante balizador da política monetária.

Na Ásia, as ações da China fecharam no azul, com os investidores avaliando a atividade empresarial do país, enquanto as ações do Japão fecharam em baixa, com a queda do otimismo empresarial.

O minério de ferro caiu para o nível mais baixo em 10 meses diante de um duplo impacto da fraca atividade de construção na China e um renovado aumento na oferta. A crise imobiliária no país ainda causa estragos na demanda, enquanto a crescente disponibilidade aumenta a pressão sobre os preços.

Por aqui, com a agenda de indicadores mais esvaziada na semana, investidores se concentram nas movimentações políticas de Brasília.

Hoje, serão divulgados o Índice de Gerentes de Compra (PMI) da indústria de transformação de março e o IPC-S.

Brasil

No último pregão do mês, na quinta-feira (28), véspera da Sexta-Feira Santa, o Ibovespa fechou com alta de 0,33%, aos 128.106 pontos, apoiado nas ações das blue chips, como Vale e Petrobras.

No mês, porém, o principal indicador da bolsa brasileira acumula queda de 0,71%, e no acumulado do primeiro trimestre, baixa de 4,53%.

Os investidores reagiram aos números da Pnad Contínua, que mostrou taxa de desemprego de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, e ao Relatório Trimestral de Inflação, do Banco Central, que elevou a projeção de crescimento da economia para 1,9% este ano.

O dólar à vista também fechou com alta de 0,73%, voltando ao patamar dos R$ 5,0154. Em março, a moeda norte-americana acumula aumento de 0,86% e, no trimestre, +3,34%.

Europa

As bolsas da Europa, que permanecem fechadas hoje devido ao feriado de Páscoa, encerraram o primeiro trimestre de 2024 com alta de 6,8%, após os dados recentes de inflação mostrarem arrefecimento das pressões dos preços.

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York estão no campo positivo hoje, após os dados do PCE virem em linha com as expectativas e com os investidores à espera de importantes dados econômicos ao longo da semana, como o relatório de empregos (payroll) de março, previsto para a sexta-feira (5).

Dow Jones Futuro: +0,29%

S&P 500 Futuro: +0,35%

Nasdaq Futuro: +0,49%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, exceto o índice Nikkei, do Japão, que caiu 1,40%, aos 39.803,09 pontos, após a pesquisa Tankan do Banco do Japão (BoJ) mostrar que o sentimento dos grandes fabricantes do país se deteriorou pela primeira vez em quatro trimestres.

Já na China, dados animadores da indústria de manufatura impulsionaram as ações. Os últimos PMIs industriais chineses vieram acima das expectativas.

O oficial aumentou para 50,8 em março, apontando a primeira expansão na manufatura após cinco meses de contração, enquanto a leitura da S&P Global/Caixin subiu para 51,1 no mês passado, atingindo o maior patamar desde fevereiro de 2023.

Shanghai SE (China), +1,19%

Nikkei (Japão): -1,40%

Hang Seng Index (Hong Kong): fechado por feriado

Kospi (Coreia do Sul): +0,04%

ASX 200 (Austrália): fechado por feriado

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, mantendo a maior parte dos seus ganhos recentes em meio às expectativas de oferta mais restrita devido aos cortes da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), ataques às refinarias russas e dados otimistas da indústria chinesa.

Petróleo WTI, -0,02%, a US$ 83,15 o barril

Petróleo Brent, -0,11%, a US$ 86,90 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem hoje o PMI e o ISM da indústria de transformação de março.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o setor de concessões de rodovias tem dois leilões importantes previstos para abril, com obras estimadas em R$ 9 bilhões. O primeiro ocorrerá em 11 de abril, tratando-se da licitação federal da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG). Em seguida, em 16 de abril, o governo de São Paulo pretende leiloar a PPP (Parceria Público-Privada) do Lote Litoral Paulista, de acordo com reportagem do Valor. Na seara de indicadores, saem o IPC-S (semanal), o PMI da indústria de transformação de março e o indicador de Incerteza da Economia de março.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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