Um dia depois de o Fomc, o comitê de política monetária dos EUA, ter divulgado a ata da última reunião, os mercados mundiais operam em trajetória de alta nesta manhã de quinta-feira (24). Isso porque, no documento divulgado ontem (23), o Fed (Federal Reserve) indica que continuará aumentando os juros, mas em ritmo menor do que o que vinha fazendo, pelo fato de a inflação americana estar dando indícios de desaceleração.
Hoje é feriado de Ação de Graças nos EUA, o que torna a liquidez dos mercados mais baixa e faz com que a agenda de indicadores esteja esvaziada. Além disso, amanhã (25) é dia de Black Friday, o que também diminui o ritmo dos mercados, que funcionarão somente por meio período nos EUA.
No início de novembro, o Fed aprovou sua quarta alta consecutiva de 0,75 ponto percentual, que levou os juros ao nível mais alto desde 2008. Na próxima reunião, em dezembro, agentes do mercado esperam um aumento de 0,5 ponto percentual.
Na Europa, as bolsas também operam em alta, com os investidores repercutindo a ata da reunião do Fed. O mesmo movimento ocorreu na Ásia, onde os mercados também fecharam em alta.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (23) em queda pelo segundo dia consecutivo. O principal índice da Bolsa brasileira caiu de 0,18%, a 108.841 pontos. Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores passaram a maior parte do dia aguardando a ata da última reunião do banco central dos EUA, e uma possível formalização da PEC da Transição.
No cenário internacional, a ata da reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) mostrou que uma maioria dos membros do colegiado apoia uma redução no ritmo de alta dos juros, após quatro elevações seguidas de 0,75 ponto percentual.
Nas negociações do dia, o dólar recuou 0,10% frente ao real, cotado a R$ 5,373 na compra e R$ 5,374 na venda.
Europa
As bolsas da Europa também operam em alta, à medida que investidores avaliam a última ata da reunião do Fed, que indicou redução do ritmo de aperto monetário. Outro dado importante é que o índice de clima de negócios alemão do Instituto Ifo subiu para 86,3 pontos em novembro, de 84,5 em outubro, sinalizando redução do pessimismo das empresas com seus negócios.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,17%
DAX (Alemanha), +0,65%
CAC 40 (França), +0,31%
FTSE MIB (Itália), +0,34%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de quinta-feira, quando as bolsas estarão fechadas em função do feriado de Ação de Graças.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,21%
Ásia
A maioria das bolsas asiáticas fechou com alta hoje, com investidores apostando em menores elevações de juros nos EUA. Na região, o destaque vai para o Banco da Coreia do Sul, que elevou sua taxa básica de juros em 25 pontos base, para 3,25%, um aumento menor do que o movimento anterior e em linha com as expectativas.
Shanghai SE (China), -0,25%
Nikkei (Japão), +0,95%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,78%
Kospi (Coreia do Sul), +0,96%
Petróleo
Os preços do petróleo mantém o movimento de baixa de ontem, à medida que temores de interrupção da oferta diminuem em meio a negociações do teto de preço ao petróleo russo pelo G-7. Além disso, um aumento maior do que o esperado nos estoques de gasolina dos Estados Unidos elevou a pressão sobre a commodity.
Petróleo WTI, -0,38%, a US$ 77,64 o barril
Petróleo Brent, -0,57%, a US$ 84,92 o barril
Agenda
Com o feriado de Ação de Graças nos EUA, a agenda internacional está esvaziada. Na Europa, será divulgado o índice de confiança do consumidor do Reino Unido.
Por aqui, no Brasil, no campo político, destaque para a decisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que negou o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para anular parte dos votos no segundo turno das eleições. O ministro ainda condenou a legenda por litigância de má-fé e aplicou multa de R$ 22,9 milhões. Em indicadores, sai a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15) de novembro. O consenso Refinitiv prevê uma alta mensal de 0,56%, levando a uma alta anual de 6,21%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências