Tanto os mercados mundiais quanto os índices futuros dos EUA estão operando em trajetória de alta na manhã desta quinta-feira (13), com os investidores aguardando a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), um dado importante que serve como termômetro para definição da política monetária pelo Fed (Federal Reserve). Já as bolsas asiáticas fecharam em baixa hoje.
Sobre a inflação, a média das projeções coletadas pelo consenso Refinitv aponta para uma alta de 0,2% no indicador inflacionário em relação a agosto. Na véspera, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio acima do esperado e elevou as expectativas para o CPI. Isso significa que o aperto monetário, com elevação das taxas de juros, deve continuar para controlar a inflação americana.
O movimento de hoje é completamente oposto ao de ontem (12), quando os principais índices dos EUA fecharam em baixa, com investidores digerindo a ata da última reunião do Fed em setembro. A minuta mostra que houve consenso entre os formuladores de políticas da autoridade monetária sobre juros mais restritivos, que devem ser mantidos por algum tempo, para cumprir com a meta de reduzir a inflação.
Mas, diante dos indicativos de que o mundo deve enfrentar uma recessão global, as autoridades reconhecem a necessidade de manter o aperto.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (11) em queda com investidores monitorando a cena política local. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,96%, a 114.827 pontos, acompanhado também o que foi visto nos Estados Unidos mas caiu mais do que seus pares.
Segundo analistas financeiros, os dados divulgados pelo IBGE na terça-feira sobre a deflação em setembro, que ficou em 0,29%, no terceiro mês seguido de queda, mexeu com os ânimos do mercado local. No Brasil, investidores acompanham ainda os desdobramentos eleitorais à medida que se acirra a disputa entre Bolsonaro e Lula para o segundo turno.
Nas negociações do dia, o dólar subiu 1,57%, cotado a R$ 5,272 na compra e na venda.
Europa
As bolsas europeias operam em alta nesta quinta-feira, com investidores de todo o mundo se preparando para os últimos dados de inflação dos EUA. Já no cenário europeu, o índice de preços ao consumidor de setembro na Alemanha subiu 10% na base anual, enquanto a inflação do CPI harmonizada com a União Europeia foi de 10,9% ao ano e 2,2% no mês, também em linha com as previsões.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,20%
DAX (Alemanha), +0,84%
CAC 40 (França), +0,22%
FTSE MIB (Itália), +0,92%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de quinta-feira, com investidores aguardando os dados da inflação ao consumidor.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,28%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,25%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,09%
Ásia
Por sua vez, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, com os investidores também aguardando os dados inflacionários dos EUA, que respingam nas economias de todo o mundo.
Shanghai SE (China), -0,30%
Nikkei (Japão), -0,60%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,87%
Kospi (Coreia do Sul), -1,80%
Petróleo
As cotações do petróleo revertem hoje as perdas do início da sessão e operam em alta, apesar de uma perspectiva de demanda global enfraquecida.
Petróleo WTI, +0,71%, a US$ 87,89 o barril
Petróleo Brent, +0,85%, a US$ 93,24 o barril
Agenda
Agenda americana está quente ao fim desta semana. Nesta quinta-feira será divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). A média das projeções coletadas pela Refinitv aponta para uma alta de 0,2% na comparação com agosto. Em bases anuais, o índice deve apresentar avanço de 8,1%. Também será divulgado os dados de pedidos de seguro-desemprego semanal nos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político, saem as pesquisas eleitorais Genial/Quaest e do ModalMais/Futura. Já no âmbito econômico, agenda fraca um dia após o feriado de Nossa Senhora Aparecida. No entanto, vale nota o comentário do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “tem de falar menos besteira”. A fala é uma resposta ao comentário do fundo sobre os gastos do governo com o pagamento dos auxílios. Nas palavras do FMI, o governo brasileiro poderia ter gasto metade do que foi despendido com o Auxílio Emergencial durante a crise da Covid-19.
Redação ICL Economia
Com informações das agências