O Ministério da Fazenda estimou, na segunda-feira (22), o crescimento do PIB do País (Produto Interno Bruto) em 1,9% para 2023. Em março, o governo havia estimado uma alta de 1,61% para o PIB desse ano. Apesar do aumento, a expectativa do Ministério da Fazenda representa desaceleração frente ao ano de 2022, quando a economia registrou crescimento de 2,9%.
Anteriormente, Fernando Haddad já havia anunciado que o trimestre foi relativamente bom, surpreendeu os economistas, com condições de fechar o ano com crescimento entre 1,8% e 2%. Apesar disso, ressaltou que a atividade econômica está em desaceleração devido ao alto patamar das taxas de juros.
A estimativa do governo federal continua acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento do PIB do País em 1,2% para este ano. A estimativa foi coletada pelo BC no boletim Focus, que ouviu mais de 100 agentes do mercado financeiro na última semana.
Para Fernando Haddad, o boletim Focus é cauteloso em relação ao PIB do País e outras projeções devem ser consideradas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou que o boletim Focus é cauteloso e que outras projeções devem ser consideradas.
“É que o Focus [pesquisa do BC com o mercado] vai ficando otimista ao longo do ano. Passou de 1% para 1,2%, de 0,9% para 1%. Você poderia, por exemplo, consultar as projeções do Bradesco, que já estão em 1,8%, ou do Itaú, que já estão em 1,4%. O Focus é uma pesquisa, mas tem muita gente fazendo conta”, declarou Fernando Haddad para a reportagem do G1.
O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 somará 5,58%. Em março, a previsão do governo era de que a inflação atingiria 5,31% nesse ano.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
O IPCA foi de 0,61% em abril indicando desaceleração. Ficou 0,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,71% registrada em março. No ano, o IPCA acumula alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, de 4,18%, abaixo dos 4,65% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022 a variação havia sido de 1,06%.
Redação ICL Economia
Com informações do G1