Um dia após o primeiro turno das eleições e a definição da disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno para presidente da República, o governo já anunciou a antecipação do calendário de pagamentos do Auxílio Brasil do mês de outubro para ganhar votos.
Vale lembrar que o Orçamento 2023 inclui, oficialmente, o Auxílio Brasil no valor de R$ 400 para o ano que vem, mas com a indicação de que o governo deve pagar R$ 600, mas nada está formalizado. A proposta de orçamento só deve ser apreciada pelo Congresso depois das eleições, em novembro. Os técnicos do governo sabem que o texto deve passar por muitas mudanças após as eleições e antes de entrar em vigor. No momento, o que interessa é antecipar pagamentos e prometer “mais” para 2023. Faz parte das últimas cartadas eleitoreiras desse governo que tem descaradamente usada a máquina pública par angariar votos.
Com a atual mudança, o benefício começará a ser pago no dia 11 de outubro e o calendário de depósitos terminará no dia 25 de outubro. Pagos pela Caixa Econômica Federal, o benefício do Auxílio Brasil, de R$ 600,00, será concluído antes do segundo turno que acontece em 30 de outubro. O calendário original previa depósitos entre os dias 18 e 31 de outubro. A medida foi oficializada por meio da instrução normativa 21, publicada no Diário Oficial da União, e valerá apenas para os pagamentos de outubro.
Neste mês, também será pago o Auxílio Gás às famílias com direito. O pagamento é bimestral e feito nas mesmas datas do Auxílio Brasil. Em setembro, o calendário de pagamento não foi antecipado, assim como ocorreu no mês de agosto, início da liberação do auxílio no valor mínimo de R$ 600.
Os depósitos ocorrem conforme o final do NIS (Número de Identificação Social). Primeiro, recebem os cidadãos com NIS final 1 e assim sucessivamente, até chegar em quem tem cartão com final zero.
Objetivo é concluir 100% dos pagamentos do Auxílio Brasil antes do segundo turno e “garantir” o voto dos mais pobres
Recebem o Auxílio Brasil os cidadãos que fazem parte de famílias em extrema pobreza, com renda de até R$ 105 por pessoa da família (per capita), em situação de pobreza, com renda entre R$ 105,01 e R$ 210 por pessoa da família (per capita), ou em regra de emancipação, que é quando o beneficiário conquista um emprego formal, mas segue com direito ao benefício se a renda por pessoa da família for de até R$ 525.
Para receber, é preciso estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único). O cidadão precisa fazer uma pré-inscrição pelo site ou aplicativo e, depois, confirmar os dados nos Cras (Centro de Referência da Assistência Social) das prefeituras. O prazo para confirmação é de até 120 dias.
Os novos beneficiários recebem um cartão em casa, por meio dos Correios, para fazer a retirada dos valores. Além do benefício, o novo cartão também tem a função débito. A distribuição começou no final de junho.
Quem já fazia parte do Programa Bolsa Família pode usar o mesmo cartão para o saque dos valores. A retirada do dinheiro segue sendo feita nas agências da Caixa Econômica Federal, nas casas lotéricas e nos correspondentes bancários Caixa Aqui.
Segundo a Caixa, também é possível receber por meio do Caixa Tem, com a abertura da poupança social digital. A conta é acessada por aplicativo. Nele, é possível fazer compras, pagar boletos, contas de água, luz e telefone, e fazer transferências, saques sem cartão nos caixas eletrônicos e nas lotéricas.
O beneficiário do Auxílio Brasil também pode utilizar o cartão social para saque da conta dos valores nas agências da Caixa e nos caixas eletrônicos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias