Executivo das Americanas, preso hoje em Madri, comandava esquema de fraude nos balanços da empresa.
No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da Americanas somaram R$ 33,443 bilhões, um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022.
Previsão é que a homologação do plano ocorra em janeiro de 2024, após o recesso do Judiciário.
A empresa, que passa por recuperação judicial após divulgação de um rombo bilionário em seu balanço financeiro, encerrou o ano com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões.
Para Eduardo Moreira, economista e fundador do ICL, sensação é de que a CPI "não aconteceu". Deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) diz que houve blindagem de trio de bilionários donos da empresa.
Para o economista Eduardo Moreira, "bilionário no Brasil pode deitar e dormir tranquilo. Porque bilionário no Brasil tem um monte de deputado no bolso"
Esta é a primeira vez que um ex-executivo da Americanas aponta publicamente para uma possível participação dos acionistas no escândalo.
Ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que o ex-executivo da Americanas Miguel Gutierrez deve comparecer à CPI da Americanas na Câmara, mas garantiu a ele o direito ao silêncio na comissão
Uma parte dos valores dos títulos de dívidas, que só venceria em 2026, foi antecipada para 11 de janeiro. É o mesmo dia em que a companhia publicou o documento em que admitia as chamadas "inconsistências" nos balanços, interpretado pelo mercado como um escândalo contábil.
Plano inicial era fechar 92 lojas. Com menos pontos fechados na reestruturação financeira, segundo a companhia, o custo de R$ 44,5 milhões para o fechamento das lojas ficou 16% abaixo do previsto inicialmente.