Petrobras afirma manter prática de ‘preços competitivos’, sem repasse imediato ao mercado nacional

No comunicado divulgado, a petroleira ainda avisou que não recebeu proposta para alteração de sua política e mantém compromisso com a “prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional"
6 de abril de 2023

Em nota divulgada na quarta-feira (5) à imprensa, a Petrobras reafirmou o compromisso com a “prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado nacional”, evitando o repasse imediato de volatilidades externas, provocadas por agentes conjunturais, bem como de oscilações da taxa de câmbio. A companhia afirmou não ter recebido nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia relativa à alteração de sua política de preços.

“Quaisquer propostas de alteração da política de preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”, indica a nota.

A Petrobras esclareceu ainda que ajustes de preços de produtos são realizados normalmente em seus negócios, diante do contínuo monitoramento dos mercados.

O comunicado veio na sequência da fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que, na quarta-feira passada, disse que a União, principal acionista e controladora da Petrobras, vai propor uma nova política de preços para a companhia com o objetivo de ajudar “a combater perdas e solavancos inflacionários”.

“Vamos tratar isso com todo rigor, cuidado e sensibilidade social”, afirmou Silveira a jornalistas, no Palácio do Planalto, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o ministro, a ideia é que uma nova política de preços comece a ser discutida assim que tomarem posse todos os integrantes dos conselhos que dirigem a companhia, o que está previsto para o fim deste mês.

Petrobras faz análise diária do comportamento de preços da empresa em relação às cotações internacionais e o seu market share para manter os preços competitivos

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Crédito: Agência Brasil / Marcelo Camargo

Entre outras variáveis, esse monitoramento compreende a análise diária do comportamento de preços da empresa em relação às cotações internacionais e o seu market share (quota de mercado).

Alexandre Silveira concedeu uma entrevista à GloboNews, na qual confirmou que haverá mudança nas diretrizes da empresa, com foco no mercado interno, e não no exterior.

À emissora de TV paga, o ministro Alexandre Silveira afirmou que será trocada a política de preços atual da Petrobras, chamada de Preços de Paridade de Importação (PPI), por uma chamada de “Preço de Competitividade Interno”.

A atual política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Ela está submetida ao critério de paridade internacional, que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.

Na prática, ela estabelece que, se o preço do petróleo subir no mercado internacional, a alta deve ser repassada para os preços dos combustíveis nas refinarias da estatal no Brasil.

Esse mecanismo tem o objetivo de evitar que o preço no país fique defasado em relação ao resto do mundo, o que poderia, no limite, desestimular a importação de combustível e levar ao desabastecimento.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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