Desocupação recua em oito unidades da federação e fica estável nas outras 19 no segundo trimestre

Destacam-se o Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%
15 de agosto de 2023

A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%).

Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação diminuiu em quatro das cinco grandes regiões, mantendo-se estável no Sul. Também houve redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 ficaram estáveis. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (11,3%), e o Sul, com a menor (4,7%).

As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), e as menores, de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 9,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,0%) para os brancos (6,3%) e acima para os pretos (10,0%) e pardos (9,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,6%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados.

Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,8%).

No segundo trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%).

O número de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 3,7 milhões de pessoas. O maior número estava no Nordeste (2,3 milhões de desalentados).

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2023 foi de 3,3%.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,7%. O Nordeste (59,1%) e o Norte (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões.

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Já em relação ao segundo trimestre de 2012 (primeiro ano da série histórica), o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%.

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.921, ficando estável frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 2.923) e crescendo frente ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o Norte (R$ 2.316) teve crescimento no rendimento, enquanto as demais regiões ficaram estáveis. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, houve expansão em todas as regiões.

Taxa de desocupação cai em 8 UFs e fica estável nas outras 19

Frente ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação caiu em oito Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destacam-se o Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%.

Piauí tem a maior taxa de subutilização (39,7%) e Rondônia, a menor (6,3%)

No 2° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). Já as menores taxas ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%).

Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,8%) e DF a menor (19,9%)

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%.
Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%).

Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (49,3%) e o maior, de SC (88,1%)

No 2º trimestre de 2023, 73,3 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (59,1%) e Norte (58,4%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,5% tinham carteira de trabalho assinada no país. No mesmo trimestre do ano passado, essa proporção havia sido de 25,1%.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (82,3%) e Paraná (81,3%) e os menores, no Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

Frente ao trimestre anterior, rendimento cresce apenas no Norte

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.921, ficando estável frente ao 1º tri de 2023 (R$ 2.923) e crescendo na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com trimestre anterior, o Norte (R$ 2.316) foi a única região a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2022, houve crescimento do rendimento médio em todas as regiões.

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 284,1 bilhões, registrando estabilidade estatística em relação ao trimestre anterior (R$ 281,3 bilhões). Frente ao 2º trimestre de 2022 (R$ 265,2 bilhões), houve expansão da massa de rendimento.

Pará tem a maior taxa de informalidade (58,7%) e SC, a menor (26,6%)

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar.

Desocupação segue recuando na maioria das faixas de tempo de procura

No segundo trimestre de 2023, os contingentes da maioria das faixas de tempo de procura por trabalho continuaram a mostrar reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo.

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Foi uma redução de 945 mil pessoas nesta faixa de tempo. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no segundo trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%.

Da agência de notícias do IBGE

 

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.