O preço médio da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese de fevereiro para março. De acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10), os valores diminuíram também no primeiro trimestre (11 cidades).
Assim, no mês passado, as principais quedas ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte(-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%). As quatro capitais com alta foram Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
Salário mínimo necessário para a compra da cesta básica
Segundo a pesquisa, a capital com cesta mais cara em março foi São Paulo (R$ 782,23). Já o menor valor médio é o de Aracaju (R$ 546,14). Na região Nordeste, a composição é diferente.
Com isso, com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 6.571,52 o valor da cesta básica para as despesas básicas de um trabalhador e sua família (quatro integrantes). O mínimo necessário corresponde a 5,05 vezes o oficial (R$ 1.302). Essa proporção era parecida em fevereiro (5,03 vezes) e caiu em relação a março do ano passado (5,28).
Jornada e renda
Ainda em março, o Dieese calculou o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em 112 horas e 53 minutos. Menos do que em fevereiro (114 horas e 38 minutos) e também do que há um ano (119 horas e 11 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu 55,47% da renda líquida para adquirir os alimentos. Percentual também menor em relação mês anterior (56,33%) e na comparação com março de 2022 (58,57%).
Entre os produtos, o preço do óleo de soja diminuiu em todas as capitais. Já o da batata caiu no Centro-Sul, onde o item é pesquisado. Os preços do café caíram em 16 das 17 capitais e os da carne bovina, em 12. O Dieese apurou aumento da farinha da mandioca (Norte/Nordeste) e do feijão.