O mundo ‘ganhou’ mais super-ricos no ano passado. Ao todo, há novos 46 mil super-ricos, segundo relatório do banco Credit Suisse divulgado na terça-feira (20). São 264.200 pessoas mais ricas que encerraram 2021 com fortuna estimada em mais de US$ 50 milhões – um crescimento de 21% em relação a 2020. O estudo mostra que, mesmo entre essa elite, há super-ricos mais ricos que os outros: 84.790 pessoas detinham mais de US$ 100 milhões – e, entre eles, 7.070 indivíduos, mais de US$ 500 milhões. São empresários do setor alimentício, grandes petrolíferas, gigantes farmacêuticas e de tecnologia que controlam as redes sociais e plataformas digitais que conseguiram aumentar 40% na sua riqueza. Parte desse acréscimo provém do empobrecimento da população durante o período de pandemia, segundo o relatório Lucrando com a Dor, apresentado pela Oxfam no Fórum Econômico Mundial, divulgado em junho passado.
O Banco Credit Suisse estimou em 62,5 milhões o número de novos super-ricos no mundo com mais de US$ 1 milhão – 5,2 milhões a mais que em 2020. Desses super-ricos, 266 eram brasileiros. Os dados corroboram a maior concentração da riqueza nas mãos de poucos: o levantamento aponta que os 1% dos super-ricos detinham, ao final de 2021, 45,6% de toda a fortuna global. Em 2019, essa fatia era de 43,9%.
No Brasil, o cenário de crise jogou para a insegurança alimentar cerca de 120 milhões de pessoas e o país voltou ao mapa da fome. Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado em 8 de junho pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.
Estados Unidos e China, nesta sequência, foram os que mais ganharam super-ricos no ano passado
Uma análise da fortuna mediana por país, no entanto, mostra que a desigualdade de fortuna caiu neste século (ao menos em termos geográficos), graças ao maior crescimento dos mercados emergentes.
Os Estados Unidos foram o país que pessoas mais ricas no ano passado: 30.470. A China vem em seguida, com 5,2 mil. O clube dos super-ricos também ganhou 1.750 membros na Alemanha, 1.610 no Canadá e 1.350 na Austrália. Quedas foram registradas em poucos locais: na Suíça (-120), em Hong Kong (-130), Turquia (-330) e no Reino Unido (-1.130).
O relatório aponta que a riqueza global cresceu 9,8% em 2021, para US$ 463,6 trilhões. Considerando as taxas de câmbio, a alta foi de 12,7% – o maior crescimento anual já registrado.
O banco alerta, no entanto, que fatores como inflação, a elevação das taxas de juros e a queda dos preços dos ativos “podem reverter o crescimento impressionante em 2022”.
Ainda assim, a estimativa é que a fortuna global cresça US$ 169 trilhões até 2026 – uma alta de 36%. Os países de renda baixa e média devem ser responsáveis por 42% desse crescimento nos próximos 5 anos. Com isso, a estimativa é que o número de milionários e novas pessoas mais ricas chegue a 87 milhões, enquanto o número de super-ricos atinja 385 mil.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias