Ao que tudo indica, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve mesmo assumir o Ministério do Planejamento do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após dias de negociações, ela, que teve papel importante na campanha do petista no segundo turno, teria aceitado, nesta terça-feira (27), o comando da pasta a partir de janeiro de 2023, quando o novo governo eleito toma posse.
A confirmação da aceitação do convite veio de várias frentes. A jornalistas no início da tarde de hoje, o futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que a opção por Tebet se deve ao seu papel no segundo turno das eleições e como prefeita de Três Lagoas (MS).
A jornalista de política Natuza Nery escreveu, em seu blog no portal G1, que Tebet teria até mesmo recebido da equipe de transição de Lula o organograma de como ficará o ministério sob sua gestão e, segundo interlocutores, se disse contemplada com o desenho. Agora, a senadora deve se reunir com Lula, ainda nesta tarde, para aceitar os detalhes finais.
Sob gestão de Simone Tebet, Planejamento participará do PPI, mas bancos públicos devem ficar fora do comando da pasta
Ainda de acordo com a coluna de Natuza Nery, o organograma apresentado a ela prevê que o Planejamento participe do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), inclusive do comitê gestor. Mas a coordenação permanecerá com a Casa Civil, que será comandada por Rui Costa, ex-governador da Bahia.
Ao longo da semana, noticiou-se de que ela teria exigido que os bancos públicos ficassem sob o guarda-chuva da pasta que comandará. Contudo, essa informação não foi confirmada. Atualmente, instituições como Caixa e Banco do Brasil estão subordinados ao Ministério da Fazenda, cujo futuro ministro será Fernando Haddad.
De acordo com Alexandre Padilha, a concordância da ex-candidata do MDB à Presidência da República (ela ficou em terceiro lugar no primeiro turno) teria se dado de acordo com o convite que foi feito na última sexta-feira (23) por Lula, “quando o presidente mostrou o organograma, os papéis e as responsabilidades do Ministério do Planejamento”.
O organograma da pasta tem secretarias, projetos estratégicos, de planejamento, de orçamento, estruturas como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), segundo Padilha.
“O Planejamento, historicamente, participa do comitê gestor que é coordenado pela Casa Civil. Então não tem mudança nem confirmação de estrutura. O Planejamento participa de forma ativa e muito importante no comitê gestor”, acrescentou o futuro ministro das Relações Institucionais. O Ministério do Planejamento não será nem menor, nem maior, independentemente de quem seja a pessoa que venha a ocupá-lo. É um ministério central do governo”, complementou.
Além da participação ativa na campanha de Lula no segundo turno, Simone Tebet se destacou na CPI da Covid em 2021 como uma parlamentar que incomodou o governo Jair Bolsonaro (PL).
O anúncio oficial da nomeação de Tebet deve acontecer amanhã (28), quando Lula deve anunciar outros nomes que faltam (um total de 15) para a composição de seu governo. Na semana, a imprensa noticiou que Marina Silva, eleita deputada federal este ano, deve ir mesmo para a pasta do Ministério do Meio Ambiente.
Redação ICL Economia
Com informações da Rede Brasil Atual e do G1