A empresa, que passa por recuperação judicial após divulgação de um rombo bilionário em seu balanço financeiro, encerrou o ano com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões e dívida líquida real de R$ 26,3 bilhões.
Para Eduardo Moreira, economista e fundador do ICL, sensação é de que a CPI "não aconteceu". Deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) diz que houve blindagem de trio de bilionários donos da empresa.
Em depoimento prestado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em março passado, Miguel Gutierrez disse que a varejista comprava de fornecedores comprometendo-se a pagar em 30 dias, mas mudava pagamento para 90 dias, período em que inflava o caixa.
Para deputado, o principal desafio da CPI é não deixar que se faça uma “blindagem” dos donos da varejistas, o trio de bilionários Lemann, Telles e Sicupira. “Muito difícil imaginar que não soubessem ou tenham sido enganados”
Para o economista e fundador do ICL, Eduardo Moreira, CPI da Americanas na Câmara deveria coordenar uma ação coletiva a favor dos minoritários. Ex-banqueiro, Moreira será ouvido na CPI para ajudar na análise das práticas de funcionamento do mercado de capitais
Em relatório elaborado por assessores jurídicos contratados pela empresa, varejista responsabiliza ex-diretores pela gestão fraudulenta, incluindo o ex-CEO Sérgio Rial, que fez a denúncia das "inconsistências contábeis" encontradas em janeiro passado
Foi eleito para a presidência da CPI das Lojas Americanas o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). O primeiro vice-presidente será o deputado Junior Mano (PL-CE) e o relator designado pelo presidente será Carlos Chiodini (MDB-SC)
Segundo o Banco Central, ganho poderia ter sido ainda melhor não fosse o efeito da Americanas, que forçou bancos a elevarem provisões para possíveis riscos de crédito
Nota divulgada por trio de acionistas majoritários, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, provoca indignação de bancos credores
Advogados da varejista pediram mais 48 horas para apresentar à Justiça a lista completa de credores, sob o argumento de que o prazo dado na sexta-feira passada para que a lista se tornasse pública não terminou ontem (segunda), mas vai, na verdade, até amanhã