Secretário da Fazenda assegurou que o Brasil permanecerá em conformidade com o padrão global em termos de tributação da renda
O secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, disse que o tributo deve vir já com alíquota cheia, ou seja, sem valor de transição. Produtos sobre os quais novo imposto deve incidir ainda não foram definidos, mas cigarro, álcool e alimentos ultraprocessados devem integrar a lista.
Exceções incluídas na proposta de reforma tributária, durante tramitação na Câmara dos Deputados, devem elevar a 27% a alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que será criado
Haddad disse que a alíquota do atual sistema tributário do Brasil é de 34%, “considerando todos os impostos”. Com o projeto da reforma tributária, a “alíquota será necessariamente menor
Em entrevista ao site Metrópoles, Haddad disse: “Ninguém está querendo tomar nada de ninguém. Estamos cobrando o rendimento desses fundos como qualquer trabalhador".
O ministro da Fazenda disse que as alterações para a folha já estão em estudo na pasta e serão tratadas separadamente da reforma tributária.
Em entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo, Haddad disse que discussão será feita de maneira cautelosa, que vão "divulgar os dados", mas questionou: "Como um país com tanta desigualdade isenta de imposto de renda o 1% mais rico da população?".
Durante tramitação na Câmara, foi incluída no texto da reforma uma emenda de última hora, permitindo os estados criarem um tributo, com cobrança até 2043. Proposta, no entanto, precisa ter ainda o aval do Senado.
Segundo Haddad, cálculos do Ipea não levam em consideração fatores como o impacto da reforma tributária sobre a sonegação e evasão fiscal, assim como corte de gastos tributários. "Tem uma transição para ser feita", disse.
De acordo com o senador, a próxima etapa da reforma tributária deve ser composta, por exemplo, por novas regras para impostos que incidem sobre a renda.