Se aprovada, a PEC daria total autonomia financeira e orçamentária ao BC.
Sinal teria sido dado durante jantar oferecido ao presidente do BC pelo governador bolsonarista de São Paulo. Campos Neto, que tem conversado sobre sua vida pós-BC, tem sido cortejado por bancos, mas quer mesmo ter um negócio próprio.
"É meu E.T. preferido", disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que ofereceu jantar a Campos Neto no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e esteve em cerimônia na Alesp onde o presidente da autoridade monetária recebeu medalha.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, ministro da Fazenda disse ainda que "muita gente ganha com a volatilidade do mercado".
Economista e fundador do ICL liga todos os pontos da possível trama: dados do Boletim Focus, jantar na casa do apresentador Luciano Huck com Campos Neto e Tarcísio de Freitas e evento com 400 empresários em que o presidente do BC foi a estrela.
Petista fez as declarações durante café da manhã com jornalistas ontem (23) de manhã, no Palácio do Planalto.
Incerteza compromete visibilidade de cenários, diz Campos Neto.
Em evento promovido por um banco, o presidente do BC defendeu que a sabatina de seu sucessor seja feita este ano. Haddad disse que vai ouvir a autarquia para que a transição seja o mais tranquila possível.
Para o economista do ICL, se BC já funciona como um "puxadinho" do mercado financeiro hoje, proposta de transformá-lo em empresa pública fará da instituição um "puxadão", com a predominância do pensamento ortodoxo da Faria Lima.
PEC transformaria o BC em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. Porém, desde a origem da instituição, autonomia do Banco Central é posta em xeque, pois a maioria dos dirigentes vem do mercado financeiro. Aí é que está o problema.