"Se o FMI está falando em 2,5%, quem sabe não é 2,8%", disse a ministra do Planejamento e Orçamento.
Os cálculos do Tesouro Nacional consideram parâmetros projetados pelo próprio governo, como salário mínimo de R$ 1.502 no ano que vem e um INPC de 3,65%.
Ministra também disse que parte do contingenciamento do Orçamento não poderá ser revertido e que detalhamento da medida será divulgado na semana que vem.
“O Brasil não pode gastar mais do que arrecada. Se ele gasta mais do que arrecada, quem paga a conta, inclusive, são os mais pobres", disse a ministra em programa do CanalGov.
Enquanto a carga tributária somou 32,44% do PIB no ano passado, leve queda de 0,64 ponto percentual em relação a 2022 (33,07% do PIB), subsídios somaram R$ 646 bilhões em 2023.
O ministro deu as declarações depois de o mercado financeiro ficar mais um vez incomodado com falas do presidente Lula sobre a necessidade de desenvolvimento social do país.
Brasil revisou as rotas do plano de integração sul-americana e ampliou o traçado feito na região amazônica com apoio de Peru, Equador e Colômbia. Rotas visam a incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da região.
Para este ano, a ministra do Planejamento também admitiu incertezas quanto à meta fiscal, a qual, segundo ela, está passando por avaliação "mês a mês".
Segundo a ministra, "buscar a Justiça é não querer pagar". Ela vê como infundada alegação de que abrir dados sobre salários poderia disponibilizar segredos empresariais a concorrentes. "Não tem lógica isso."
"O bloqueio será menor do que aquela discussão se teria que ser até R$ 28 bilhões ou se teríamos que fazer, se houvesse necessidade, um contingenciamento de quase R$ 50 bilhões", diz a ministra.