Se confirmado, será o primeiro estouro da meta desde 2022, e obrigará o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a escrever uma carta para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando as razões do estouro.
Por outro lado, projeção para PIB, dólar e taxa Selic são mantidas.
Na edição do relatório publicado pelo Banco Central nesta 2ª feira (30), analistas elevaram de 11,25% para 11,75% a projeção da Selic para este ano, e de 10,50% para 10,75% para o ano que vem.
A projeção de Inflação medida pelo IPCA passou de 4,35% para 4,37%; o crescimento do PIB subiu de 2,96% para 3,00%; e a taxa básica de juros, de 11,25% para 11,50%. Para 2025, a mediana do mercado também elevou a expectativa de inflação de 3,95% para 3,97%.
Para 2025, mediana das projeções de analistas também aponta para altas da inflação, do câmbio e da Selic.
Para 2025, a mediana do mercado manteve a projeção de inflação, do câmbio, mas também elevou a da Selic e do PIB.
Mercado já está revisando crescimento do PIB para cima.
Por outro lado, a mediana dos cerca de 150 analistas consultados reduziu a expectativa de inflação para o ano que vem, de 3,93% para 3,92%.
"A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil", disse o diretor de Política Monetária do BC durante atividade em Teresina, Piauí.
Em entrevista ao O Globo, o presidente do Banco Central disse que não são os economistas que estão prevendo alta da Selic em setembro, mas o mercado. "É preciso cautela", sugeriu.