O Ibovespa mudou a direção nesta segunda-feira (8). Depois de fechar a sexta-feira passada no vermelho, o principal indicador da bolsa brasileira, amparado na Vale (VALE3), subiu 1,63%, aos 128.857 pontos.
A mineradora brasileira está entre as de maior peso no indicador e, graças à alta do preço do minério de ferro no mercado chinês, as ações da companhia subiram mais de 5% ao longo da sessão de hoje.
O minério de ferro subiu diante da expectativa de novos estímulos ao setor de siderurgia na China.
Com a agenda de indicadores esvaziada nesta segunda-feira, os investidores continuaram monitorando a disputa em torno do comando da Petrobras.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia marcado uma reunião para ontem à noite (7) com ministros para discutir a peleja que envolve o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de um lado, e o presidente da petroleira, Jean Paul Prates, de outro. O encontro foi adiado para o início da noite desta segunda-feira.
Mas, se a segunda-feira foi morna na agenda de indicadores, o mesmo não se pode dizer do restante da semana. Há uma série de dados importantes no radar dos investidores, como os de inflação no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI), na quarta-feira (10). Tem também a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Por lá, a expectativa é grande, principalmente após a divulgação do relatório da folha de pagamentos nos Estados Unidos (payroll), dados olhados com lupa pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) para balizar a política monetária.
Os números mostraram uma economia ainda bastante aquecida (foram criadas muito mais vagas que o esperado pelo mercado) e, se o CPI corroborar com isso, o cenário continuará desfavorável para o início da redução da taxa de juros dos EUA, o que pode significar fuga de capitais de economias emergentes, como o Brasil (entenda mais sobre esse movimento clicando aqui).
Já o dólar terminou o dia a R$ 5,0312, com baixa de 0,68% no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
A Dexco liderou os ganhos no Ibovespa hoje, embalada pelas expectativas sobre os resultados do primeiro trimestre deste ano. Os papéis da empresa (DXCO3) subiram 5,85%.
A Usiminas (USIM5) também se deu bem com o aumento dos preços do minério de ferro na China, que impulsionou os papéis da companhia com alta de 5,85%.
Do outro lado, a Braskem se deu mal, com queda de 2,84%, pressionada pela decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de abrir uma investigação sobre os danos ambientais provocados pela extração de sal-gema promovida pela empresa em Maceió (AL).
Mercado externo
As bolsas de Nova York tiveram desempenho fraco hoje e fecharam sem direção única, com a aceleração do ritmo de alta dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasurys.
O Dow Jones fechou com leve queda de 0,03%, aos 38.892,80 pontos; e o S&P 500, -0,04%, aos 5.202,39 pontos. Por outro lado, o Nasdaq fechou com alta de 0,03%, aos 16.253,95 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias