Em junho de 2023, o volume de vendas do comércio varejista mostrou estabilidade (0,0%) frente a maio, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral para o varejo foi de -0,3% no trimestre encerrado em junho. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista apresentou alta de 1,3% frente a junho de 2022.
O varejo acumula 1,3% no primeiro semestre de 2023 com relação ao igual período de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo registrou seu nono mês consecutivo no campo positivo, chegando a 0,9% em junho de 2023.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% frente a maio, na série com ajuste sazonal. Com isso, a média móvel trimestral para o varejo ampliado foi de -0,5%.
Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 8,3% frente a junho de 2022. O acumulado no ano foi a 4,0% e o acumulado em 12 meses, a 1,1%.
Em junho, o comércio varejista do país está 3,3% abaixo do máximo da série (outubro de 2020) e 3,0% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).
O volume de vendas das atividades do comércio varejista mostrou equilíbrio entre taxas negativas e positivas, na passagem de maio para junho de 2023, na série com ajuste sazonal,.
Tecidos, vestuário e calçados (1,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%) e Móveis e eletrodomésticos (0,8%) tiveram crescimento enquanto Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-3,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria mostrou crescimento (-0,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,6%) foram as atividade que apresentaram queda.
No caso das atividades do comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças cresceu 8,5% em junho com relação a maio, enquanto o setor de Material de construção variou -0,3%.
Frente a junho de 2022, metade das atividades apresenta aumento
No confronto entre junho de 2023 e junho de 2022, também houve equilíbrio. As quatro atividades em alta foram Combustíveis e lubrificantes (9,9%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%); e Móveis e eletrodomésticos (2,6%). As quatro que registraram queda foram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,9%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,9%); Tecidos, vestuário e calçados (-6,3%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-3,5%),
No comércio varejista ampliado, houve alta em duas das três atividades complementares: Veículos e motos, partes e peças (17,9%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (21,2%) cresceram, enquanto Material de construção caiu (-2,7%).
Quatro atividades têm alta no primeiro semestre de 2023
Quatro atividades do comércio varejista tiveram alta, no primeiro semestre de 2023 ante o mesmo semestre do ano anterior: Combustíveis e lubrificantes (14,5%); Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,2%); e Móveis e eletrodomésticos (1,0%).
Quatro setores fecharam o semestre em queda: Outros artigos de uso pessoal e doméstico
(-13,7%); Tecidos, vestuário e calçados (-9,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,7%); e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,7%).
No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças fechou o primeiro semestre em alta (5,4%), assim como Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve crescimento (8,3%). Já Material de construção recuou (-3,6%).
Na análise trimestral, cinco atividades apresentam queda
Setorialmente, cinco das oito atividades do varejo apresentaram taxas negativas no segundo trimestre de 2023: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-12,2%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
(-6,4%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,3%). Completando a distribuição intersetorial, três atividades tiveram crescimento no trimestre: Combustíveis e lubrificantes (9,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,9%); Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%).
No varejo ampliado, houve altas em duas das três atividades adicionais: Veículos e motos, partes e peças (5,8%) e Atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (17,2%). A atividade de Material de construção teve desempenho negativo no período (-4,0%).
Vendas de combustíveis e hipermercados têm sequência de altas
O setor de Combustíveis e lubrificantes registrou alta de 9,9% nas vendas frente a junho de 2022, totalizando 16 meses consecutivos de resultados positivos. Nos primeiros seis meses de 2023, o setor acumula 14,5% de ganho em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses, a atividade registra crescimento 21,1% até junho.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 3,8% nas vendas frente a junho de 2022, quarto mês consecutivo registrando aumento. A comparação interanual para junho de 2023 foi a segunda menor em magnitude da série positiva dos últimos meses, sendo maior apenas do que a variação de fevereiro de 2023 em relação a fevereiro de 2022 (3,2%). No primeiro semestre de 2023 o setor acumulou 2,2% de crescimento. Nos últimos 12 meses o cenário é de alta de 3,5% até junho.
O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com a entrada dos dados de junho de 2023, chega a uma série de 11 meses consecutivos de altas no indicador interanual: 3,1% nas vendas em junho de 2023 frente a junho de 2022. No primeiro semestre de 2023 o setor acumulou crescimento de 2,6%. No acumulado de 12 meses, 2,4% até junho.
Já no caso de Móveis e eletrodomésticos, o setor apresentou alta de 2,6% nas vendas frente a junho de 2022, segundo resultado no campo positivo consecutivo na comparação do mês contra o mesmo mês do ano anterior. Em relação ao acumulado no ano até junho, o setor fechou em 1,0% o primeiro semestre de 2023. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, o cenário é de perda: -1,9% até junho de 2023.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, apresentou, no indicador interanual, queda nas vendas pelo 14º mês consecutivo: o último mês a registrar crescimento foi abril de 2022 frente a maio de 2021 (1,1%), enquanto o resultado de junho foi de -14,9% em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com isso, o setor acumula -13,7% no primeiro semestre de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado até junho de 2023 foi a queda mais intensa (-13,3%) de uma sequência de 13 meses negativos.
O volume de vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação caiu 8,9% frente a junho de 2022, terceiro mês consecutivo no campo negativo. Em relação ao acumulado no ano até junho, o resultado foi negativo (-0,7%) na comparação com o mesmo período de 2022. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 1,9% até maio para 1,0% em junho, o setor mostrou queda do ritmo de crescimento.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados caiu 6,3% em vendas frente a junho de 2022. Tal resultado é o quinto no campo. O primeiro semestre de 2023 acumulou perdas de 9,0% de crescimento com relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses o cenário também indica perdas: -10,3% até maio contra -11,0% até junho.
O resultado interanual para Livros, jornais, revistas e papelaria foi de -3,5% em relação a junho de 2022. Este foi o quinto mês em queda. No semestre, a perda acumulada foi de 1,7%, mesmo patamar que o resultado acumulado até maio (-1,5%). Nos últimos 12 meses o resultado foi 4,0% até junho, menor em 0,5 p.p. frente a maio de 2023 (4,5%).
No varejo ampliado, Veículos e motos, partes e peças cresceu 17,9% frente a junho de 2022, mantendo trajetória positiva do mês anterior. No ano o setor acumula 5,4% em relação ao mesmo período de 2022, resultado superior ao acumulado até maio (2,9%). O acumulado nos últimos 12 meses acelerou , ao passar de -1,4% até maio para 0,6% em junho.
O resultado interanual para Material de construção foi negativo pelo quinto mês consecutivo: -2,7% nas vendas frente a junho de 2022. No ano, o setor acumula -3,6% de crescimento. No acumulado nos últimos 12 meses houve diminuição das perdas pelo quarto mês seguido, chegando a -7,0% até junho.
A atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo alcançou o quarto mês consecutivo de altas na comparação interanual, marcando 21,3% em junho. Com isso, o primeiro semestre de 2023 acumula ganhos de 8,3%.
Vendas mostram crescimento em 22 Unidades da Federação em relação a maio
Em junho, houve resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Alagoas (2,7%), Acre (2,6%) e Paraíba (2,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 4 UFs, com destaque para Minas Gerais (-1,3%), Tocantins (-0,9%) e Pernambuco (-0,9%).
Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre maio e junho de 2023 foi de 1,2% com resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Maranhão (7,6%), Alagoas (6,7%) e Bahia (6,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, as UFs foram Tocantins (-1,1%) e Pernambuco (-1,8%),
Na comparação interanual, vendas sobem em 23 das 27 Unidades da Federação
Frente a junho de 2022, as vendas no comércio varejista tiveram alta em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (14,3%), Maranhão (10,5%) e Acre (10,3%). Por outro lado, pressionando negativamente, estão Rio Grande do Sul (-1,7%), Rondônia (-2,7%), Piauí (-3,2%) e Paraíba (-3,6%).
Já o comércio varejista ampliado subiu 8,3% entre junho de 2023 e junho de 2022, com resultados positivos em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Bahia (26,9%), Pará (24,9%) e Maranhão (23,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, estão Roraima (-0,7%), Goiás (-2,1%) e Mato Grosso do Sul (-9,5%).
Da Agência de Notícias do IBGE