Os economistas do mercado financeiro passaram a projetar um crescimento maior da economia e também elevaram a estimativa de inflação deste ano, de 6,01% para 6,04%, . Foi a quarta alta seguida na expectativa de inflação desse ano.
A informação consta do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central. Foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro ficou estável em 4,18% na semana passada. A meta de inflação do próximo ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
A projeção para o IPCA de 2025 e a de 2026 permaneceram em 4,0%.
Mercado financeiro aumentou projeção do PIB de 0,90% para 0,96% em 2023
Para o crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro subiu de 0,90% para 0,96% na última semana. Já para 2024, a previsão de crescimento subiu de 1,40% para 1,41%.
No começo de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB avançou 2,9% em 2022, contra uma alta de 5% no ano anterior.
Na última semana, o Ministério da Fazenda estimou uma expansão do PIB de 1,61% para 2023 e de 2,34% para o próximo ano.
Taxa de juros
O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 12,50% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, o índice está em 13,75% ao ano.
Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável, em 10% ao ano. Com isso, o mercado segue estimando queda do juro também no próximo ano.
Outras estimativas
A estimativa para o dólar em 2023 caiu pela segunda semana seguida, de R$ 5,24 para R$ 5,20. A estimativa para 2024 recuou de R$ 5,26 para R$ 5,25, enquanto a projeção para 2025 está em R$ 5,30 há 18 semanas. Para 2026, a projeção recuou de R$ 5,35 para 5,32.
Na semana em que foi apresentado o novo arcabouço fiscal, as projeções do resultado primário foram mantidas para 2023 (-1,0% do PIB) e 2024 (-0,80% do PIB), mas caíram para 2025 (de -0,50% para -0,37% do PIB) e 2026 (de -0,30% para -0,20% do PIB).
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu, de US$ 55,5 bilhões para US$ 57,7 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo ficou estável em US$ 52,3 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 80 bilhões de ingresso. Para 2024, a estimativa de ingresso continuou também em US$ 80 bilhões.
Com informações do G1 e da Infomoney