No dia 23 de junho, o deputado federal Lindbergh Farias, representante do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo estado do Rio de Janeiro, concedeu uma entrevista ao programa Bom Dia 247, na qual fez críticas contundentes ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Durante a entrevista, Farias destacou a possibilidade de afastamento do presidente da instituição por insuficiência de desempenho e acusou Campos Neto de sabotar o Brasil e o governo do presidente Lula por meio de sua política. “O Roberto Campos Neto faz uma política clara de sabotagem ao Brasil e ao governo do presidente Lula”, diz ele.
Além da entrevista, Lindbergh Farias protocolou uma denúncia no Conselho Monetário Nacional (CMN) no dia anterior, 22 de junho, contra Roberto Campos Neto. O deputado acusa o presidente do Banco Central de descumprir os objetivos da instituição e pede ao CMN que avalie a possibilidade de solicitar ao Senado Federal a exoneração de Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro. “O nosso movimento ao apresentar um requerimento ao Conselho Monetário Nacional indica que nossa paciência está chegando ao fim. Precisamos arrumar os votos para afastá-lo”, acrescenta Lindbergh.
Presidente da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos, Lindbergh Farias argumenta que a manutenção da taxa de juros em 13,75% por parte de Campos Neto não está alinhada com os objetivos do Banco Central de promover o crescimento econômico e o pleno emprego. O deputado classifica como inaceitável a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em um patamar tão elevado por sete vezes consecutivas, e afirma que isso sugere uma atuação política com o intuito de travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula.
Um crime contra a sociedade – Durante a entrevista, Lindbergh Farias também criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, classificando-o como um “acinte com a sociedade brasileira”. O deputado ressaltou a urgência de tomar medidas enérgicas diante da intransigência de Campos Neto em reduzir a taxa básica de juros, argumentando que as empresas em dificuldades, famílias endividadas e setores econômicos em retração não podem mais esperar. “O custo fiscal da taxa Selic nos últimos doze meses é de 720 bilhões Isso traz um problema político. Muita gente no Brasil ganha dinheiro com essa taxa de juros”, aponta o deputado.
Lindbergh Farias considera a exoneração de Roberto Campos Neto como o único caminho possível para reduzir a taxa de juros e colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento com justiça social. Ele destaca a importância de uma decisão enérgica diante do comprometimento direto do futuro do país pela intransigência do presidente do Banco Central.
As declarações de Lindbergh Farias na entrevista ao Bom Dia 247 e a denúncia protocolada no CMN evidenciam sua determinação em questionar o desempenho de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Essas ações alimentam o debate sobre as políticas monetárias adotadas no país e seus possíveis impactos na economia brasileira. “A inflação despencou. Isso não foi sorte. Foi fruto das ações do presidente Lula. O comunicado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um deboche. Até a Miriam Leitão o chama de negacionista”, afirma.