O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está finalizando um projeto que regulamenta os direitos dos trabalhadores de aplicativos. O projeto, segundo o jornal O Globo, mantém os trabalhadores como autônomos, mas introduz uma contribuição obrigatória para a Previdência, além de estabelecer um piso por hora rodada. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, deverá discutir o tema junto ao Senado nesta segunda-feira (9).
De acordo com a reportagem, o projeto propõe um piso por hora rodada de R$ 30 para motoristas e R$ 17 para entregadores, calculado para proporcionar um salário mínimo proporcional às horas trabalhadas. A contribuição para a Previdência será de 7,5% para os trabalhadores e 20% para as empresas, com diferentes bases de cálculo para motoristas e entregadores.
Trabalhadores de aplicativos terão direito aos benefícios da Previdência
A regulamentação também prevê que a contribuição seja calculada sobre parte do valor repassado às plataformas, considerando 25% para motoristas e 50% para entregadores. Essa contribuição visa garantir o acesso dos trabalhadores aos benefícios da Previdência, como aposentadoria.
“Para definir a cifra, foram consideradas 176 horas mensais, incluindo o descanso remunerado e os custos operacionais dos prestadores, com o meio de transporte, veículo e motocicleta, e combustível”, destaca a reportagem.
Alguns pontos polêmicos, como a exclusão de operadores de logística das novas regras, ainda estão em aberto. O grupo de trabalho, formado por representantes do governo, trabalhadores e plataformas, concluiu as discussões, mas o acordo com os entregadores ainda não foi fechado.
Do Brasil 247