O mercado financeiro manteve as projeções da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2023, mas subiu levemente a expectativa para o indicador, de 3,90% para 3,91%, para o ano que vem. As informações estão no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (6).
Desse modo, com a manutenção da expectativa de inflação para este ano em 4,63%, a estimativa dos analistas continuou abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Caso a projeção dos analistas se confirme, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.
No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Ou seja, se a expectativa dos analistas consultados para o Boletim Focus for confirmada, a inflação também ficará dentro da meta.
Boletim Focus: analistas mantêm expectativa de crescimento da economia em 2,89% este ano
Para o crescimento da economia, o mercado manteve a projeção de alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 em 2,89%, o mesmo da edição do Boletim Focus divulgado na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.
A previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50% para o ano que vem.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), os mais de cem representantes do mercado financeiro consultados para o Boletim Focus mantiveram as estimativas para o indicador da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.
Para 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano. Já para 2024, a estimativa é de 9,25% ao ano.
Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após três reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Em relação ao dólar, a projeção do mercado para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5. Para o fim de 2024, a estimativa permaneceu em R$ 5,05.
Já para o superávit da balança comercial (exportações menos as importações), a projeção subiu de R$ 75 bilhões para US$ 75,3 bilhões em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 60,6 bilhões para US$ 62,3 bilhões.
Por fim, para o investimento estrangeiro, a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 72 bilhões para US$ 70 bilhões de ingresso, enquanto caiu de US$ 80 bilhões para US$ 74,6 bilhões para 2024.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias