O mercado financeiro reduziu a expectativa de inflação para este ano de 4,63% para 4,59%. Contudo, elevou a projeção do indicador para o ano que vem, conforme mostra o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta manhã de segunda-feira (13).
Na edição do relatório divulgado na semana passada, os mais de cem analistas ouvidos para a publicação haviam mantido a projeção para o indicador em 2023 e já tinham elevado para o ano que vem.
Agora, a redução aconteceu após a divulgação do IPCA de outubro, que somou 0,24%. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que esperava alta de 0,29% no mês.
Com a projeção menor para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador continua abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
Para 2024, a estimativa de inflação dos analistas do mercado financeiro subiu de 3,91% para 3,92%.
No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Boletim Focus: mercado financeiro mantém projeção de crescimento do PIB para 2023 e 2024
Para o PIB de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção de crescimento em 2,89%. Já para 2024, a previsão de crescimento da economia também permaneceu inalterada em 1,50%.
Com relação à taxa básica de juros (Selic), os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para o indicador para este e o próximo ano.
Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano, enquanto a mantiveram em 9,25% ao ano para 2024.
Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após três reduções seguidas promovidas Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
Em relação ao dólar, a projeção do mercado para a taxa de câmbio para o fim de 2023 ficou estável em R$ 5, enquanto subiu de R$ 5,05 para R$ 5,08 em 2024.
Já a projeção para o saldo da balança comercial subiu de R$ 75,3 bilhões para US$ 76 bilhões de superávit em 2023 e avanço de US$ 62,3 bilhões para US$ 62,7 bilhões em 2024.
Por fim, o ingresso de investimento estrangeiro direto este ano no Brasil caiu de US$ 70 bilhões para US$ 69 bilhões. Também houve recuo de US$ 74,6 bilhões para US$ 73 bilhões para o ano que vem.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias