Os mais de cem analistas do mercado financeiro consultados na semana passada para o Boletim Focus do Banco Central reduziram de 4,55% para 4,53% a estimativa para a inflação deste ano, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Foi a terceira redução seguida do indicador. A publicação foi divulgada nesta manhã de segunda-feira (27).
Com a redução, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 continuou abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
Para 2024, a estimativa de inflação ficou estável em 3,91% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Em outubro, a inflação do país foi de 0,24%, após a alta de 0,26% no mês anterior. É o quarto mês seguido de taxas positivas do indicador. O maior impacto individual no resultado de outubro veio dos preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior.
Caso a projeção do mercado financeiro para a inflação deste ano se confirme, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.
Boletim Focus: mercado financeiro reduz a projeção do PIB deste ano para 2,84%
Para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, o mercado financeiro baixou a projeção de crescimento de 2,85% para 2,84%.
Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50%.
Em relação à taxa básica de juros, os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas da edição anterior do Boletim Focus, tanto para este como para o próximo ano.
Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano, enquanto manteve em 9,25% para 2024.
Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após três reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Sobre a taxa de câmbio, a projeção para o fim de 2023 ficou estável em R$ 5. Para o fim de 2024, a estimativa permaneceu em R$ 5,05.
A projeção de superávit da balança comercial (exportações menos as importações) subiu de R$ 77 bilhões para US$ 83 bilhões em 2023, e avançou de US$ 63,7 bilhões para US$ 69 bilhões para o ano que vem.
Por fim, em relação ao investimento estrangeiro direto a previsão dos analistas caiu de US$ 64,7 bilhões para US$ 62,6 bilhões de ingresso para este ano, e permaneceu em US$ 70 bilhões para 2024.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias