Começa oficialmente, nesta segunda-feira (15), o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O evento reúne nos Alpes suíços governantes, empresários, acadêmicos, executivos, jornalistas e líderes sociais para debater os problemas do planeta, mas o enfoque deste ano serão temas considerados de extrema urgência na atualidade: transição energética, crise climática e inteligência artificial.
A edição deste ano não contará com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No caso de Lula, ele inicia hoje um giro pelos estados do Nordeste, o principal reduto eleitoral do petista, para inauguração de obras.
Já Haddad volta de férias hoje para iniciar as negociações com congressistas para tentar destravar o avanço da agenda econômica no Congresso, principalmente da medida provisória que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos para 17 setores da economia.
O governo brasileiro será representado por Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Nísia Trindade (Saúde), além do assessor de assuntos internacionais, Celso Amorim, e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso. Entre os governadores, apenas Helder Barbalho (MDB), do Pará, irá aos Alpes.
A presença de Marina e Silveira faz total sentido devido à agenda colocada na mesa. Os temas encabeçam os riscos e as preocupações apontados por especialistas em relatório publicado pelo fórum na semana passada.
A 19ª edição do Relatório de Riscos Globais de 2024 do Fórum Econômico Mundial aponta que a produção de notícias falsas por inteligência artificial e os eventos climáticos estão entre as principais ameaças no curto prazo para o mundo. No primeiro caso, o documento aponta que as fake news produzidas por IA representam um grande risco às eleições.
Fórum Econômico Mundial começa esvaziado das presenças de grandes líderes globais
Com diversas crises globais no radar, além do mandatário brasileiro, também não participarão do fórum o presidente dos EUA, Joe Biden, que será representado pelo secretário de Estado, Antony Blinken; e o líder da China, Xi Jinping, que será representado pelo premiê, Li Qiang. O japonês Fumio Kishida, o alemão Olaf Scholz, o indiano Narendra Modi ou o britânico Rishi Sunak também não vão.
Dos representantes das sete maiores economias do planeta, apenas o francês Emmanuel Macron estará presente, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Layen.
Por sua vez, ultraliberal recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, fará sua estreia no evento.
Se, por um lado, grande parte dos líderes das maiores economias do mundo não participarão do evento, executivos dos setores de finanças, energia e tecnologia comparecerão em peso, bem como diplomatas, ministros e chefes de organizações internacionais.
“A pergunta para os líderes em Davos em 2024 é se o ano que começa vai ser um período da ‘permacrise’ ou um momento para resolução, resiliência e recuperação”, disse o presidente do Fórum, Borge Brende, segundo a Folha de S.Paulo.
Parte significativa das dezenas de painéis do evento, que tem como mote neste ano a reconstrução da confiança e da cooperação, abordarão os impactos das mudanças climáticas, transição enegértica e, também, os riscos da inteligência artificial na produção de fake news.
Como nos últimos anos, a Amazônia é tema de destaque, assim como o investimento em energia renovável, o que atrai duplamente os holofotes para o Brasil.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e da Folha de S.Paulo