Em comunicado emitido ontem (12) ao mercado, a Petrobras afirmou que não prometeu ou sinalizou que pagaria dividendos extraordinários a seus acionistas em evento realizado em Nova York.
De acordo com a companhia, as apresentações realizadas no evento com analistas e investidores, nos dias 30 e 31 de janeiro, não continham qualquer informação relevante ainda não divulgada e foram publicadas no site da companhia e arquivadas junto aos órgão reguladores brasileiro e norte-americano.
“A Petrobras procura ser transparente sobre sua governança e seus processos decisórios para que os investidores façam suas análises e cheguem às suas conclusões, em linha com as melhores práticas do mercado, que foi o objetivo do referido evento”, afirmou a empresa na nota de esclarecimento.
“A companhia esclarece que encontros com analistas e investidores são realizados no curso normal de suas atividades e que não divulga informação relevante não pública em tais eventos”, complementou.
Petrobras está sob os holofotes desde divulgação do balanço trimestral
Desde que divulgou seu balanço na quinta-feira passada, a empresa tem estado sob os holofotes pelo fato de não ter anunciado dividendos extraordinários junto com a divulgação do resultado trimestral.
Quando os conselheiros aprovaram as demonstrações financeiras da companhia, houve divisão em relação à distribuição de dividendos extraordinários, dando início à crise atual.
A grande imprensa chegou até a noticiar que presidente da empresa, Jean Paul Prates, poderia deixar o cargo, mas ele confirmou sua permanência após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (11).
Além de Prates e Lula, participaram do encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil), além de outros membros do governo.
Do encontro, ficou decidido que Conselho de Administração da companhia vai rediscutir o pagamento de dividendos extraordinários e que Haddad indicará novo conselheiro à empresa, com o objetivo de equilibrar as forças dentro das votações da empresa.
Segundo informações da agência Reuters, Prates disse que uma proposta de distribuir 50% dos dividendos extras possíveis de 2023 ainda pode ser aprovada em assembleia de acionistas prevista 25 de abril, e que a decisão do conselho da petroleira, por maioria, de reter 100% dos cerca de R$ 44 bilhões possíveis de dividendos extraordinários em uma reserva estatutária foi um percalço e um ruído “perfeitamente contornável”.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney. Fonte: Reuters