Como esperado pelo mercado, o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), anunciou, nesta tarde (20), a manutenção de sua taxa de juros de referência no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Esta é a quinta vez que a autoridade monetária norte-americana mantém as taxas inalteradas, desde que teve início o ciclo de aperto monetário em março de 2022. Os juros estão no maior nível em 22 anos.
Conforme o comunicado divulgado com a decisão, a autoridade monetária argumenta que “indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo sólido. Os ganhos de emprego permaneceram fortes e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada”.
“O Comitê procura atingir o nível máximo de emprego e de inflação à taxa de 2% a longo prazo. O Comitê considera que os riscos para o alcance de seus objetivos de emprego e de inflação estão a evoluir para um melhor equilíbrio. As perspectivas econômicas são incertas e o Comitê permanece muito atento aos riscos de inflação”, complementou.
De modo geral, o Fed fez apenas pequenos ajustes em seu comunicado em relação ao anterior. Repetiu que os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um “ritmo sólido”. Além disso, reiterou que não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que “ganhe maior confiança” de que a inflação está a caminho da meta de 2%.
No Sumário das Previsões Econômicas (SEP), o Fed manteve seu ‘dot plot’ (gráfico de pontos, na tradução para o português) inalterado, ou seja, a autoridade monetária projeta três cortes de juros de 0,25 ponto percentual ainda este ano, somando 0,75 p.p., mas reduziu os cortes previstos para os próximos anos.
Decisão foi unânime entre os 12 membros que compõem o colegiado do Federal Reserve
Ainda segundo o comunicado, a decisão foi unânime pelos 12 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), refletindo a continuidade da postura de não reduzir os juros antes de ter “maior confiança de que a inflação está caminhando de forma consistente para meta de 2%”.
O Fomc também informou que continuará reduzindo seu balanço de ativos, que compreende títulos do Tesouro e títulos garantidos por hipotecas.
Sobre o mercado de trabalho, o Fed observou, nesta reunião, que os ganhos de emprego na economia americana “permaneceram fortes”. Esta avaliação representa uma mudança em relação à declaração de janeiro, de que tinha havido alguma “moderação” nos ganhos de emprego.
Diante do quadro, a previsão mediana prevê que a taxa de desemprego suba para apenas 4%, inferior à taxa de 4,1% observada na previsão anterior de dezembro. A taxa de desemprego ficou de 3,9% em fevereiro. Para 2025, a previsão mediana é de 4,1% (mantida) e para 2026 caiu para 4,0%, de 4,1%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias