A arrecadação do governo federal bateu recorde no primeiro semestre deste ano, alcançando o montante de R$ 1,289 trilhão, o que representa uma alta de 9,08% quando descontada a inflação. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (25), pela Receita Federal.
O volume de recursos arrecadados em impostos também bateu recorde no mês de junho, chegando a R$ 208,8 bilhões. O valor é o maior da série histórica para o mês, que teve início em 1995.
O total arrecadado no mês passado representa uma alta real de 11% (acima da inflação) em relação ao mesmo período de 2023, e de 2,7% na comparação com maio deste ano.
No primeiro semestre, o volume de recursos também foi a maior da série histórica para o período e foi ocasionado pelos seguintes fatores:
- Comportamento de variáveis macroeconômicas;
- Retorno da tributação de PIS/Cofins sobre os combustíveis;
- Tributação dos fundos exclusivos e atualização de bens e direitos no exterior;
- Desastre no Rio Grande do Sul, entre abril e maio deste ano –que teve impacto dedutivo na arrecadação.
A título de arrecadação com a Cofins e Pis/Pasep, o crescimento real de 18,79%, com um total arrecadado de R$ 256,2 bilhões entre janeiro e junho.
Além da retomada da tributação sobre os combustíveis e da exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições, o resultado foi puxado pelo aumento real de 3,85% no volume de vendas e de 1,39% no volume de serviços entre dezembro de 2023 e maio de 2024, em relação ao período compreendido entre dezembro de 2022 e maio de 2023.
Outro destaque foi o crescimento real de 20,59% da arrecadação do IRRF (Imposto sobre a Renda Retido na Fonte) sobre Capital, decorrente da tributação dos fundos exclusivos. Entre janeiro e junho a arrecadação do tributo foi de R$ 72,9 bilhões.
A Receita também apontou destaque o resultado da arrecadação do Imposto sobre a Renda da pessoa Física (IRPF), que apresentou um aumento real de 21,26%, em função da atualização de bens e direitos de brasileiros no exterior. Com isso, a arrecadação do IRPF foi de R$ 39,8 bilhões, no período de janeiro a junho.
Arrecadação do governo tem batido recordes consecutivos
O governo tem batido recordes consecutivos na série histórica da arrecadação. Até o momento, de janeiro a junho de 2024 registraram os maiores valores para os seus respectivos meses na série histórica que começa em 1995.
O aumento na arrecadação é consequência de projetos do governo aprovados no Congresso, como a tributação de fundos exclusivos, os “offshores”; mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados; limitação no pagamento de precatórios (decisões judiciais), entre outros.
Na segunda-feira (22), a equipe econômica anunciou o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento para cumprir com o arcabouço fiscal e com a meta de déficit zero este ano.
O Ministério da Fazenda planeja um “pente-fino” em benefícios sociais que levaria a uma economia de R$ 25,9 bilhões. Contudo, novas medidas para aumentar receitas também estão no radar da equipe econômica.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias