As bolsas internacionais estão em trajetória de alta na manhã desta quinta-feira (15), dando continuidade à recuperação depois do dia ruim na terça-feira (13), após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês). O indicador é um dos termômetros usados pelo Fed (Federal Reserve) para definir a taxa básica de juros. A expectativa do mercado é de que a política monetária continue agressiva, uma vez que a inflação não cede. A próxima reunião do Fed acontece na semana que vem. O mercado projeta reajuste de 0,75 ponto percentual na taxa.
Nesta quinta-feira (15), os investidores aguardam por importantes indicadores de atividade econômica nos EUA, como os números de vendas no varejo, preços de importação e pedidos de auxílio-desemprego, que podem ditar o ritmo dos negócios.
Na Europa, por sua vez, os investidores também vão estar atentos aos dados da inflação francesa para agosto. No mais, a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre a taxa de juros, marcada para esta quinta-feira, foi adiada para a próxima semana devido à morte da rainha Elizabeth II.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (14) em queda de 2,30%, a 110.794 pontos. Com o resultado, o principal índice da Bolsa brasileira acumulou queda de 1,69% nesta semana. No mês, a alta é de 0,81% e, no ano, de 5,33%.
Segundo os analistas do mercado financeiro, os investidores seguem de olho nas taxas de juros ao redor do mundo. Na terça-feira (13), os Estados Unidos divulgaram uma taxa de inflação de 8,3% no acumulado em 12 meses até agosto, sugerindo um novo ciclo de alta de juros no país.
O mercado também está de olho nas taxas de juros da zona do euro, em meio às preocupações com a inflação alta na Europa e a elevação do custo de vida. Há ainda preocupações com a crise de energia por lá.
Nas negociações do dia, o dólar perdeu 0,18% frente ao real, cotado a R$ 5,178 na compra e na venda.
Europa
Os mercados europeus estão agitados nesta manhã de quinta. No setor bancário, as ações subiam 1,75%. O mercado repercute a informação que o índice bancário da zona do euro atingiu seu nível mais alto desde 10 de junho.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,58%
DAX (Alemanha), +0,23%
CAC 40 (França), -0,15%
FTSE MIB (Itália), +0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros estavam em ligeira alta nesta quinta-feira, próximos da estabilidade. Investidores aguardam com expectativa os dados de vendas no varejo, preços de importação e pedidos de seguro-desemprego, bem como a pesquisa de produção industrial do Fed da Filadélfia e o índice do Empire State. Ontem (14), foi divulgado o índice de preços ao produtor, que apontou queda de 0,1% em agosto.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,13%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,04%
Ásia
As bolsas asiáticas operaram com ganhos moderados no geral, exceto na China, onde fecharam em baixa. Ontem à noite (14), a agência Fitch revisou para baixo do PIB (Produto Interno Bruto). Agora, a estimativa para a expansão da economia do gigante asiático, em 2022, passou de 3,7% para 2,8%, e em 2023, de 5,3% a 4,5%.
Shanghai SE (China), -1,16%
Nikkei (Japão), +0,21%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,44%
Kospi (Coreia do Sul), -0,40%
Petróleo
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em ligeira alta, perto da estabilidade nesta manhã, devido à desaceleração nas economias desenvolvidas e ao impacto contínuo dos bloqueios sanitários na China.
Petróleo WTI, +0,09% a US$ 88,59 o barril
Petróleo Brent, +0,17%, a US$ 94,30 o barril
Agenda
Serão divulgados hoje dados do seguro-desemprego, vendas no varejo (agosto) e preços de importação, os quais devem ditar os negócios nos Estados Unidos e no resto do mundo.
Por aqui, no Brasil, no campo político, será divulgada nesta noite mais uma rodada da pesquisa Datafolha para presidência da República. No campo econômico, o Ministério da Economia divulga novas projeções de indicadores macroeconômicos, que incluem estimativas sobre PIB e inflação, enquanto o Banco Central divulgará o índice IBC-Br de julho.
Redação ICL Economia
Com informações das agências